Lula vai usar relações com a Odebrecht para garantir que PMDB não abandone o PTitanic da Dilma
Nada menos que dois terços da receita do PMDB em 2013 foi “doada” pelo maior grupo transnacional privado do Brasil – a Odebrecht. A empreiteira Norberto Odebrecht, em três parcelas, mandou R$ 11 milhões para os cofrinhos peemedebistas. Revelado na prestação de contas do partido à Justiça Eleitoral, o valor chamou a atenção porque supera, em muito, os R$ 6,1 milhões (ou R$ 7,5 milhões em números corrigidos pela inflação) doados na campanha de 2010. A segunda maior contribuição de empreiteiras para o PMDB foi de “apenas” R$ 500 milhões da Andrade Gutierrez (que tem antigas e fortíssimas relações com Wellington Moreira Franco, hoje “ministro” da Aviação).
O estreito laço do PMDB com os maiores fazedores de obras públicas confirma por que o partido será o grande fiel na balança da campanha eleitoral deste ano. Taticamente, o partido ensaia uma providencial traição - caso se confirmem as possibilidades concretas de derrota do PT (cuja precária hegemonia depende dos peemedebistas). Por isso, alguns caciques do partido já costeiam o alambrado para pular a cerca em favor de Aécio Neves, no momento oportuno.
Outros líderes, como o vice-presidente da República, Michel Temer, apenas teatralizam o apoio aos petistas. A pobre Dilma Rousseff não será uma noiva abandonada no altar. Será a companheira traída quando a lua de mel for cancelada pela falência de votos (mesmo sob risco de fraude eleitoral, no dogmático processo eletrônico que não pode ser contestado via recontagem de votos impressos).
Tudo menos a Petrobras...
O Presidentro Lula, grande sogrão que patrocina o conflituoso matrimônio entre infiéis, tem duas cartas na manga para conter a debandada do PMDB. Trata-se do risco de mega escândalos, como os da Petrobras, na Eletrobras ou nos Correios, atingirem o PMDB – o que forçaria o partido a não abandonar o PTitanic. O risco de todos morrerem afogados é altíssimo.
A outra cartada de Lula é que, tanto quanto o PMDB, ele também tem grande prestígio junto aos dirigentes da Odebrecht. Se valer a lógica do manda quem pode (porque tem grana para financiar o partido) e obedece quem tem juízo, Lula tem poder de convencimento de sobra para manter os peemedebistas no seu barco, mesmo na hora da fatal pancada contra o iceberg da História.
Previsão da bola
Se o Brasil não ganhar a Copa, o caos vai se ampliar no Brasil.
Caso vença o torneio da Fifa, pode haver uma calmaria, até a eleição.
Depois da ilusão da vitória, o País vai derreter com o aumento do custo de vida, do endividamento das famílias de classe média baixa e o desemprego, com caldo para manifestações populares geradas pelo desespero real.
Tio Patinhas explica?
Nascer em famílias com grandes fortunas é a melhor maneira de alcançar status bilionários no Brasil?
É a questão gerada pela recente divulgação da lista dos brasileiros mais ricos do planeta.
Dos 65 bilionários brasileiros no ranking da revista, 25 são parentes de sangue, com oito famílias possuindo membros na mais recente classificação.
Bilhão, a gente se liga em você...
Ninguém se surpreendeu que a Família Marinho, dona do Império Globo, aparecesse no topo das famílias mais ricas do Brasil, segundo a Forbes.
Os irmãos Roberto Irineu, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, junto com demais parentes, têm uma fortuna estimada em US$ 28,9 bilhões.
A prova de que o Brasil é um lugar onde os ricos ficam cada vez mais bilionários é que, em 1987, apenas três brasileiros apareciam na turma do Bilhão: Sebastião Camargo (Carmargo Correa), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e Roberto Marinho (que deixou uma gorda herança para seus filhotes).
Confira as 15 famílias mais ricas do País, segundo a Forbes:
Família
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Fonte da renda
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Valor
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Marinho
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Organizações Globo
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US$ 28,9 bilhões
|
Safra
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Banco Safra
|
US$ 20,1 bilhões
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Ermírio de Moraes
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Grupo Votorantim
|
US$ 15,4 bilhões
|
Moreira Salles
|
Setor bancário
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US$ 12,4 bilhões
|
Camargo
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Camargo Correa
|
US$ 8 bilhões
|
Villela
|
Setor Bancário
|
US$ 5 bilhões
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Maggi
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Soja
|
US$ 4,9 bilhões
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Aguiar
|
Setor Bancário
|
US$ 4,5 bilhões
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Batista
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Carne bovina
|
US$ 4,3 bilhões
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Odebrecht
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Diversificada
|
US$ 3,9 bilhões
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Civita
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Grupo Abril
|
US$ 3,3 bilhões
|
Setúbal
|
Banco Itaú
|
US$ 3,3 bilhões
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Igel
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Gás e petroquímicos
|
US$ 3,2 bilhões
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Marcondes Penido
|
Estradas
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US$ 2,8 bilhões
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Feffer
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Grupo Suzano
|
US$ 2,3 bilhões
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Bolsa voto
Mesmo com a “estratégia de propaganda do medo” – que sinaliza o temor concreto de perder a eleição presidencial de outubro, a petralhada ainda confia na capacidade de subornar o eleitorado mais pobre e ignorante para se dar bem no fim das contas das urnas eletrônicas inauditáveis.
Não é à toa que o Bolsa Família já distribuiu R$ 6 bilhões 350 milhões de reais só no ano eleitoreiro.
Só a turma do sertão baiano, que poderia descambar para a candidatura de Aécio Neves, pela influência de Minas Gerais, embolsou R$ 820 milhões para continuar “fiel” ao petismo...
Cade liberando geral
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, depois de muita embromação, finalmente aprovou ontem a aguardada fusão entre os grupos Kroton e Anhanguera Educacional – criando o maior grupo educacional do País.
O Cade também aprovou a compra da Uniseb pela Estácio, maior negócio já feito pela instituição do Rio de Janeiro, anunciado em setembro do ano passado por R$ 615 milhões de reais.
Agora, as Assembleias gerais dessas grandes empresas vão terminar de fechar os negócios, preparando as empresas para o próximo passo já previsível, em breve: uma megafusão transnacional com os gigantes internacionais da Educação (Pearson, Apolo ou Laureate).
Próximas jogadas
Os britânicos da Pearson, que é dona do jornal Financial Times, andam muito bronqueados com Luiz Inácio Lula da Silva, muito antes das críticas do Presidentro à atuação da mídia inglesa no Brasil.
Analistas de mercado revelam que investidores umbilicalmente ligados a Lula, envolvidos em grandes transações no setor educacional, estariam criando dificuldades nos bastidores para a Pearson fechar uma associação com a Abril Educação.
Como o bilionário negócio também pode envolver uma espécie de “fusão” com a Unip (universidade controlada pelo grupo Objetivo, de Carlos Di Genio), o clima fica meio tenso quando Lula começa a atrapalhar os poderosos britânicos – doidos para lhe dar um troco imediato...
Malandro Moderno
Republicamos, a pedidos, o sambinha do imortal filósofo Bezerra da Silva, o “Malandro Moderno”, que descreve exatamente como os sindicalistas de outrora tomam conta do Brasil...
Desentendidos
Joaquim x Zé?
Indenizem-se os mensaleiros
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
15 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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