"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DO CLUBE MILITAR - A CASA DA REPÚBLICA


 
O Clube Militar foi fundado em 26 de junho de 1887, como um grêmio composto das classes militares e que tinha por objetivo “advogar os seus direitos, dentro da órbita legal”.
Democracia, Soberania, Unidade Nacional e Patriotismo são seus princípios básicos e balizam a sua exemplar trajetória.   
Desde então, vem cumprindo os seus propósitos e, legalmente, tem advogado os direitos das classes militares, e de todos os brasileiros.
No próximo 28 de maio, teremos a eleição do seu novo Presidente.
Neste marcante evento é nítido que embalam a todos os vibrantes candidatos muito mais do que apenas gerir uma entidade social e recreativa, mas advogar legalmente direitos vilipendiados sob a batuta de um revanchismo vergonhoso.
Que o diga a Lei da Anistia, que tudo indica será revisada pelo capcioso Congresso.
De fato, o Clube deverá tornar - se, como no passado, uma voz de capital prestígio para externar, não apenas as alegrias e satisfações, mas também uma entidade de credibilidade e respeito, para de viva voz divulgar os anseios e rebater os atos e as ações, que no atual contexto procuram macular dignas Instituições.
Assim foi no passado, em ocasiões marcantes da História da Pátria, inclusive na Contrarrevolução de 31 de março de 1964.
Alguns poderão antevê - lo como confiável porta - voz de militares da Reserva e Reformados; que seja, pois aplaudiremos, efusivamente, se assim for.
Dos diversos candidatos, todos de respeitado passado profissional, alguns com mais indignação, outros com menos, contudo todos com a determinação contagiante de na presidência elevar o papel do Clube como representante atuante dos seus lídimos associados.
Aos militares é proibida a sindicalização e a constituição de entidades que sejam o seu instrumento para qualquer tipo de reivindicação.
O Clube Militar não pretende ser órgão de reivindicações, mas uma entidade que exigirá justiça, simples assim.
Realmente, todos concordamos, na esperança de que ao contrário das demais categorias que nas mãos de pelegos do sindicalismo, pintam e bordam à sombra das leis, o Clube, não sendo uma associação para pressionar governantes, espera, entretanto, que suas manifestações sejam ouvidas com atenção e o devido respeito.
Nesta eleição, como não acontecia há algum tempo, é grande o número de candidatos. Contudo, diante do tenebroso contexto de perseguição e nojento clima de revanchismo que vivemos e a falta de atitude dos comandantes militares, certamente, levará vantagens aquele que na sua chapa evidencie que está determinado a externar a visível insatisfação que domina o Estamento Militar, em especial os da Reserva.
A acirrada disputa pela presidência é um flagrante sinal de que difundiu - se no Estamento Militar, o fato de que as atuais autoridades em função de comando, por vários motivos, têm sido omissas, e que, portanto, uma respeitável entidade como o Clube Militar deverá traduzir o grau de insatisfação que grassa entre os da Reserva e, inclusive, entre parcela da Ativa que está impedida de se pronunciar.
Conhecemos e respeitamos todos os abalizados candidatos e todos eles nas suas chapas prometem conceder ao Clube um papel mais relevante, não somente nas áreas administrativa, social, cultural e recreativa, mas, principalmente, se posicionando contra medidas que possam denegrir a Instituição e perseguir os seus integrantes.
O Clube Militar por sua importância histórica, elevado conceito e credibilidade deverá sob nova direção, propiciar aos indefesos “porcos selvagens”, pelo menos um afilado par de dentes para fincar no traseiro de seus cafajestes perseguidores.
Oxalá, o novo Presidente tenha o desassombro, a coragem e a determinação para conduzir a sua gestão com orgulho, na certeza de que contará com o nosso apoio, postando - se ao lado da justiça, da honra, da fibra e da dignidade, virtudes que enobrecem um Soldado de escol.
 
15 de maio de 2014
Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada, reformado.

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