Fernando Llano, da AP, na capa do Estadão de hoje
A Venezuela ainda vai muito bem, obrigado.Os trogloditas de Nicolas Maduro ainda usam máscaras quando invadem universidades para quebrar ossos de estudantes dissidentes a porretadas e capacetes quando saem às ruas para assassinar a tiros, da garupa de motos, quem pensa diferente deles.
Mas, com o endosso da nossa Unasul, ainda haverá de chegar o dia em que sairão do armário e assumirão o orgulho homicida que hoje ainda reprimem e passarão a fazer isso de cara limpa como os assassinos políticos do nosso passado recente como este que nos fala neste vídeo.
O que autoriza essa previsão auspiciosa é a forma como a imprensa “democrática” das Américas está noticiando hoje essa história do “twitter” que os americanos — esses criminosos! — criaram para intoxicar os corações e mentes da juventude cubana.
Não houve uma voz, abaixo da fronteira do México – e a maioria das que se expressaram acima dela também o fizeram nessa mesma linha – que tenha comemorado essa nova possibilidade que a moderna tecnologia oferece de furar o bloqueio dos que os querem mudos e submissos para sempre e dar voz a todos quantos, pelo mundo afora, estão sendo mantidos calados na porrada.
A coisa foi vendida em toda a parte na forma de “denúncia” de um plano sinistro “para desestabilizar o governo cubano” que tinha por objetivo “atrair um grande número de jovens para depois conduzi-los a dissidência“, possivelmente mediante o uso inadvertido de alguma droga cibernética ou técnica subliminar urdida pelos terríveis feiticeiros da CIA capaz de hipnotizar a exultante juventude cubana – que perigo é a guerra química! – a ponto de fazê-la enxergar no paraíso da família Castro em que tem vivido um inferno de que faz sentido dissidir.
Joseph Pulitzer, o grande patrono e teórico da imprensa democrática americana, morto em 1911, dizia que “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.
Esse tempo, obviamente, já chegou.
06 de abril de 2014
vespeiro
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