"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de abril de 2014

ESPECULAÇÕES EM TORNO DA ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE

Só Marina Silva levaria a eleição para o segundo turno e a vantagem de Eduardo Campos é ser o candidato menos conhecido…


Num momento dominado por notícias desfavoráveis com relação ao desempenho da economia e vontade de mudança, as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff no principal cenário eleitoral caíram seis pontos desde o final de fevereiro.

Mesmo assim, seus principais adversários, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), não obtiveram crescimento na preferência do eleitor, segundo a pesquisa Datafolha de 2 e 3 de abril. A consulta conclui que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita em primeiro turno com 38% dos votos. Aécio Neves teria 16%, Eduardo Campos 10% e os concorrentes dos pequenos de partidos obteriam 6% dos votos.

Nos cinco cenários da pesquisa, a ex-senadora Marina Silva seria a única candidata que levaria a eleição a um segundo turno, com 27% dos votos, 4 pontos a mais do que tinha em fevereiro, com 12 pontos atrás da presidente.

LULA COM PEQUENA QUEDA

Com resultados melhores que Dilma, só o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, que declara reiteradamente não ter interesse em concorrer, apresenta leve tendência de queda em relação às pesquisas anteriores, mas ainda lidera com expressiva vantagem, em qualquer cenário apresentado.
A deterioração das expectativas com inflação, emprego e poder de compra dos salários também ajuda a explicar a queda na aprovação do Governo.

A pesquisa mostrou um significativo aumento da frustração com as realizações da atual presidente. 63% dos entrevistados responderam que Dilma faz pelo Brasil menos do que eles esperavam. Há pouco mais de um ano esse total era de 34%.

MUDANÇA

A consulta detectou um expressivo e crescente desejo de mudança: 72% querem que as ações do novo presidente sejam diferentes das de Dilma. O índice assemelha-se ao de 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando Lula obteve sua primeira vitória para o cargo.

A pesquisa mostrou que Aécio Neves e Eduardo Campos  não são vistos como os mais preparados para a mudança desejada pelos eleitores. Para 32%, Lula é o mais apto para essas mudanças, 17% acham que  Marina Silva seria a mais preparada. Aécio é citado por apenas 13% e Eduardo Campos alcança 7%. Até a própria Dilma obtém um índice maior, 16%.

Num cenário com Dilma, Aécio, Campos e os candidatos dos pequenos partidos mostra expressivas diferenças regionais. No Nordeste, Dilma alcança 54%. Na região Sudeste, ela tem 29%. Em dois segmentos, Aécio aparece liderando a disputa, com Dilma em segundo lugar. Isto acontece entre as pessoas com renda familiar acima de dez salários mínimos (34% a 20% para o candidato do PSDB e entre os eleitores que têm nível superior de escolaridade (25% a 22%).

DESVANTAGEM?

Eduardo Campos tem uma desvantagem em relação aos demais concorrentes que, do ponto de vista da propaganda, ainda pode ser vista como uma vantagem. Ele é o menos conhecido dos candidatos: 42% dizem não conhecê-lo.
Se isso faz com que suas intenções de voto sej
am menores hoje, faz também com que ele seja visto, no meio político, como nome de maior potencial de crescimento. Com recursos  e tempo de TV, tornar um candidato conhecido é mais fácil do que renovar alguém popular entre os eleitores.

O Datafolha realizou 2.637 entrevistas em 162 municípios com a tradicional margem de erro  de dois pontos para mais ou para menos.

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