"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Aprendizes do PCC

“A solidariedade é uma de nossas marcas”.

Marco Aurélio Carvalho, coordenador jurídico do PT, sobre a vaquinha que arrecadou os R$ 667 mil necessários para pagar a multa de José Genoino, confirmando que a companheirada aprendeu com os manos do PCC que quem está em liberdade deve conseguir dinheiro para quem não escapou da cadeia.

Em casa

“Ele se sente em casa na CUT”.

Roberto Policarpo, deputado distrital pelo PT, sobre o novo assessor sindical da CUT, garantindo que Delúbio Soares está tão à vontade na sala onde passa os dias quanto na cela da Papuda onde passa as noites.

Tudo pela pátria

“Isso vai é me dar mais trabalho. Vice trabalha menos”.

Luiz Fernando Pezão, vice-governador do Rio e candidato ao governo pelo PMDB, explicando que vai substituir Sérgio Cabral porque, desde criancinha, jamais se recusou a prestar serviços à nação e cuidar dos interesses do povo brasileiro.
 

Cueca-cofre

“A democracia brasileira constrói valores que ficam para o resto da vida. Ninguém aceita injustiça. Houve a sensação de que o conjunto do processo foi além da conta. Quem imaginou que fossem contribuir? Vocês da imprensa, do Judiciário… Não é uma ou outra pessoa, não é parlamentar, é gente de todo o canto”.

José Guimarães, líder do PT na Câmara e irmão de José Genoino, sobre a vaquinha que arrecadou os R$  667 mil necessários para pagar a multa do mensaleiro condenado à prisão, com a expressão aliviada de quem não precisou usar o dinheiro guardado nas cuecas dos assessores.

Calvário abrandado

“Era uma situação degradante, trancado o tempo inteiro. Não tinha privilégio nenhum”.

Chico Vigilante, deputado distrital pelo PT, sobre Delúbio Soares, que agora trabalha durante o dia como assessor sindical na CUT e só passa as noites na Papuda, confirmando que o tesoureiro do mensalão estava muito infeliz com o ofício de faxineiro da cela governada pelo xerife José Dirceu.
 

Chegou quem faltava

“Somos companheiros de muitos anos. Foi um prazer muito grande abraçar o Delúbio, embora ele não estivesse livre”.

Reinaldo Cruz, coordenador administrativo da CUT, sobre o novo assessor sindical da entidade, sem revelar quando serão abertas as inscrições para o Curso Intensivo de Recursos Náo-Contabilizados e Negociatas em Geral do Professor Delúbio Soares.
 

Reincidente assumido

“Meu governo não faz isso em ano eleitoral, faz isso em todo ano”.

Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, durante entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, ao reiterar o compromisso de baixar a inflação para 4,5% ao ano, confirmando que o governo promete todo ano fazer o que não fará.

Mãos sujas

“Nós, pelo menos o meu governo e o governo do presidente Lula, nunca dissemos que a violência era um problema dos estados e que, portanto, nós lavávamos as nossas mãos. Outros governos alegaram isso, não os nossos”.

Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, durante entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, em resposta ao senador Aécio Neves, que criticou a omissão do Planalto em relação à segurança pública, deixando muito claro que o governo federal nada fez sem ter lavado as mãos.
 

Voluntário assalariado

“Não quero ter emprego”.

Newton Cardoso, deputado federal pelo PMDB de Minas Gerais e terceiro colocado no ranking dos mais ricos da Câmara, ao afirmar que não teme sofrer represálias por ter votado 18 vezes contra o governo em 2013, sem explicar por que continua embolsando a bolada mensal garantida pelo emprego no Congresso.

Independência é isso

“Não abaixo a cabeça para tudo que o governo quer”.

Newton Cardoso, deputado federal pelo PMDB de Minas Gerais que votou 18 vezes contra o governo em 2013, revelando que, como o o terceiro colocado no ranking dos mais ricos da Câmara, só faz negócio quando a oferta é irrecusável.

22 de janeiro de 2014
in Augusto Nunes, Veja

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