"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 24 de novembro de 2013

OU SAI PARA CANDIDATAR-SE OU NÃO SAI... E OUTRAS PERTINÊNCIAS.


            
            De duas,  sobrará uma: ou o presidente Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, aposenta-se em março para não conviver com seu desafeto, Ricardo Lawandowski, que o sucederá, candidatando-se em seguida às eleições de outubro; ou Joaquim Barbosa não se aposenta e continua ministro da mais alta corte nacional de Justiça.

Impossível parece a simbiose entre as duas hipóteses, quer dizer, Barbosa pedir aposentadoria em março e não se candidatar a nada, permanecendo ocioso aos 60 anos  de idade. Será  uma coisa ou outra.

Ganhou corpo,  no Supremo,  a suposição de ser inviável o convívio entre  Barbosa e Lewandowski, gerador de entreveros permanentes durante todo o julgamento do mensalão. O bom senso, porém, manda indagar:  o atual vice-presidente não tem conseguido conviver com o presidente, apesar de andarem às turras? Por  que a recíproca seria diferente, numa casa onde o protocolo e a educação devem pontificar? 
Fácil  não tem sido o relacionamento entre eles, muitas vezes salpicado de agressões verbais e de discordâncias jurídicas, mas a  natureza indica que os ventos que sopram de lá também sopram de cá. Até porque, não será da índole do  futuro presidente cultivar revanches e vindictas além de suas concepções funcionais.

É mais profunda, porém, a equação a ser desenvolvida. Não constitui segredo estar sendo o nome de Joaquim Barbosa referido como possível candidato às próximas eleições. De preferência à presidência da República, mas por que não à vice-presidência, cobiçado por todos os candidatos, menos Dilma Rousseff.
Aécio Neves adoraria, como também  José  Serra. Eduardo Campos, nem se fala, excelente alternativa para evitar Marina Silva em sua chapa. A ex-ministra e  senadora,da mesma forma gostaria de uma dobradinha acorde com os tempos modernos: uma mulher e um negro.

Sendo assim, e  vale repetir, prevalecendo a lógica, ou Joaquim Barbosa sai para candidatar-se, dispondo de prazo até abril, ou não sai, podendo permanecer no Supremo  por  mais dez anos. Amuos e idiossincrasias costumam ficar de fora das projeções políticas.

NEGÓCIO DA CHINA
Dos quase 20 bilhões que o governo apregoa haver conquistado com a privatização do aeroporto do  Galeão,no Rio, 70% serão financiados pelo BNDES e penduricalhos oficiais.  Acresce que as parcelas serão pagas ao longo do prazo da concessão, de 30 anos, a juros subsidiados. Haverá melhor  negócio para o capital privado?

SENDO POSTO A PROVA
A presidente Dilma despachou Aloísio  Mercadante para o Extremo Norte, a fim de inaugurar realizações do programa “Minha Casa-Minha Vida”,  que pouco ou nada tem a ver com  ministério da Educação. Mas muito com a chefia da Casa Civil, ocupando o   ministro a “pole-position” na corrida para suceder Gleise Hoffmann. Se agüentar o tranco, ganha a bandeirada.

24 de novembro de 2013
Carlos Chagas

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