Além de possuir um ex-presidente mimético e aderente ao poder, qual craca de navio; de ser racista, mas proclamar-se ao contrário; de declarar-se em situação de quase pleno emprego, embora lance sinal de alerta sobre os gastos do seguro correspondente; de desarmar a população e, assim mesmo, possuir um dos maiores índices registrados de homicídios entre países desenvolvidos ou não; de ter que enfrentar a desaprovação da comunidade internacional por abrigar terrorista assassino; de possuir uma OAB que, politizada, dá nítida impressão de conspirar contra a sociedade que deveria defender, por missão, de agressões aos direitos constitucionais; de ver falindo a sua principal empresa pública por ação do maior acionista, o governo, somente para cumprir projetos eleitoreiros de poder, um paradoxo; de bater recordes de atos de corrupção nas três esferas de governo; de possuir uma classe política voltada para seu crescimento endógeno, mantendo, como consequência, um sistema eleitoral ajustado para eternizar dinastias predadoras da "pátria mãe tão distraída"; de proclamar festas de democracia nas eleições, apesar do voto obrigatório; dos quebra-molas e da jabuticaba que, coitada, não tem nada a ver com tudo isso.
Mesmo com esse autêntico circo dos horrores, o Brasil está prestes a exibir ao mundo mais um constrangedor estandarte, ao reafirmar sua disposição de possuir uma bancada de parlamentares condenados por corrupção pela Corte máxima.
Stefan Zweig, autor do rótulo "Brasil, país do futuro", certamente, se pudesse, reescreveria, frustrado, suas memórias póstumas.
24 de novembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
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