Com a ajuda de parte da base aliada, inclusive do PT, a oposição no Senado conseguiu aprovar, nesta quarta-feira, um requerimento para votar uma emenda à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo destinando mais dinheiro para a área da Saúde.
Enquanto a proposta do governo significa R$ 64 bilhões a mais para o setor em cinco anos, a emenda do PSDB propõe o dobro, R$ 128 bilhões, e em um prazo menor, quatro anos. O mérito do projeto ainda não foi analisado.
- O governo quer mais médicos e menos recursos para a Saúde - disse o pré-candidato do PSDB à presidência da República, senador Aécio Neves (MG), fazendo trocadilho com o programa “Mais Médicos” do governo Dilma Rousseff.
No mérito, para aprovar essa emenda, a oposição precisa garantir o voto favorável de 3/5 do Senado, ou seja, 49 votos. Ciente da dificuldade e da provável derrota, a oposição obstruiu o final da sessão dessa quarta-feira para adiar a votação para a próxima semana.
O objetivo foi deixar o assunto em pauta e desgastar o governo federal.
A proposta do governo prevê a destinação, em cinco anos, de 15% da receita corrente líquida da União para a área da Saúde. Já a emenda do PSDB aumenta esse montante para 18% no prazo de quatro anos.
Relator da PEC do Orçamento Impositivo e líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) disse que o governo não tem como arcar com os R$ 128 bilhões propostos pela oposição:
- Falta dinheiro, não tem fonte nova de financiamento no Orçamento.
(O Globo)
07 de novembro de 2013
in coroneLeaks
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