O fluxo de dólares está no vermelho há cinco meses consecutivos : País perde US$ 6,2 bilhões
A perda de credibilidade tem levado investidores a evitarem o Brasil.
O fluxo de dólares está no vermelho há cinco meses consecutivos, movimento atribuído ao pessimismo com as ações do governo. Em outubro, segundo o Banco Central (BC), o saldo das transações financeiras com outros países ficou negativo em US$ 6,2 bilhões, o pior resultado do ano.
Parte disso se deve à queda nas emissões de títulos no exterior por empresas brasileiras. “Como a avaliação do país piorou bastante, as companhias têm evitado o mercado porque sabem que vão ter de pagar um prêmio de risco maior. Além disso, o pessimismo acaba afetando a demanda por papéis nacionais”, disse Eduardo Velho.
Boa parte da desconfiança se deve ao mau desempenho crônico da política fiscal do governo. Sem contar o gasto com juros, as contas públicas tiveram em setembro um rombo de R$ 9 bilhões — o pior resultado para o mês em toda a história. Somando todas as receitas e despesas, o resultado acumulado no ano atingiu o recorde de R$ 155,5 bilhões.
Tendência
A tendência é que esse descontrole produza mais inflação.
Parte disso se deve à queda nas emissões de títulos no exterior por empresas brasileiras. “Como a avaliação do país piorou bastante, as companhias têm evitado o mercado porque sabem que vão ter de pagar um prêmio de risco maior. Além disso, o pessimismo acaba afetando a demanda por papéis nacionais”, disse Eduardo Velho.
Boa parte da desconfiança se deve ao mau desempenho crônico da política fiscal do governo. Sem contar o gasto com juros, as contas públicas tiveram em setembro um rombo de R$ 9 bilhões — o pior resultado para o mês em toda a história. Somando todas as receitas e despesas, o resultado acumulado no ano atingiu o recorde de R$ 155,5 bilhões.
Tendência
A tendência é que esse descontrole produza mais inflação.
Dessa forma, o BC terá de elevar a taxa básica de juros muito acima do patamar atual de 9,5% ao ano, caso queira colocar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na meta de 4,5%. A cotação do dólar também deverá seguir o mesmo caminho. “O investidor, quando decide trazer seu dinheiro para o país, espera um ambiente melhor. Se não enxerga isso, passa a desconfiar”, disse Jaime Ferreira, superintendente de câmbio da Intercam Corretora. “O que forma a cotação do dólar é o humor do investidor, e esse está com um pé atrás com o Brasil.”
Correio Braziliense
07 de novembro de 2013
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