"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

"OCEANO" ,"RIO" E "LAGOA" ERAM SENHAS PARA ODEBRECHT ENTREGAR PROPINAS DE BENDINE

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Na denúncia criminal contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine, nesta terça-feira (dia 22), a força-tarefa da operação Lava Jato anexou as mensagens com ordens de pagamentos do setor de propinas da Odebrecht. Foram R$ 3 milhões pagos a “Cobra”, codinome do ex-presidente da estatal, que foram recebidos em São Paulo mediante a apresentação de três senhas: “Oceano”, “Rio” e “Lagoa”. Bendine está preso desde julho, alvo da 42ª fase da Lava Jato (operação Cobra) e foi denunciado nesta terça-feira por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e embaraço às investigações.
O ex-presidente da Petrobras teria solicitado R$ 17 milhões em propinas para Marcelo Odebrecht e para o executivo do grupo Fernando Reis. Para receber o dinheiro, usou os publicitários André Gustavo e Antonio Carlos, donos da Arcos Propaganda, como operadores.
TRÊS SENHAS – “Fernando Reis orientou o operador financeiro André Gustavo a comparecer na sede da Odebrecht para ajustar a operacionalização do repasse dos valores ilícitos. André Gustavo compareceu na Odebrecht, em data incerta, possivelmente no dia 15 ou 16 de junho de 2015, e obteve de Eduardo Barbosa, subordinado de Fernando Reis, as senhas “Oceano”, “Rio” e “Lagoa”, que deveriam ser pronunciadas pelo recebedor dos valores no ato das entregas sub-reptícias dos valores, para confirmação de sua autenticidade”, sustenta a denúncia.
Os dois combinaram que a entrega deveria ser feita no endereço da Rua Sampaio Viana, 180, Edifício Option Paraíso, Apartamento 43, Paraíso, na zona sul de São Paulo. O imóvel indicado era alugado por Antônio Carlos, operador de Bendine. Para receber os valores, o operador escalou o taxista Marcelo Casimiro.
“Casimiro tem fortes ligações e relacionamento estreito com Antônio Carlos e André Gustavo, para os quais prestava serviços diversos, a exemplo de transporte de encomendas”, afirma a denúncia.
CODINOME COBRA – “Nesse contexto, a mando de Marcelo Odebrecht e Fernando Reis foi provisionada a entrega dos valores, com ocultação e dissimulação da natureza, origem, localização, movimentação e propriedade para Aldemir Bendine, apelidado de Cobra, por intermédio de Álvaro Novis, titular da denominada conta Paulistinha, junto ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”, diz o texto.
Segundo narra a acusação, Antonio Carlos repassou as senhas fornecidas pela Odebrecht e datas com provisão dos pagamentos para o taxista Marcelo Casimiro. “O qual compareceu no apartamento 43 da Rua Sampaio Viana, 180, nos dias 17 de junho de 2015, 24 de junho de 2015 e 01 de julho de 2015, para receber os valores, com ocultação de origem e natureza criminosa, disponibilizados pelo doleiro Álvaro Novis.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Alguns petistas, como João Vaccari Neto, recebiam as propinas e entregam tudo ao PT. Aldemir Bendine fazia justamente o contrário – recebia as propinas e embolsava tudo, não repassava um centavo para o partido. E o pior era a desfaçatez, vivia a lamentar os “malfeitos” cometidos pelo PT. Um tremendo cara de pau. (C.N.)


23 de agosto de 2017
Deu no Estadão

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