Nossa resistência está lutando já há um longo tempo nas ruas, com grande desvantagem, porque estamos diante de um regime assassino altamente militarizado e com grande poder de fogo, enquanto que a população encontra-se totalmente desarmada. Devemos à nossa juventude o fato de estarmos vencendo a batalha nesta fase inicial, uma vez que conseguimos a desestabilização da ditadura comunista, cuja situação é insustentável e sofre a condenação do mundo tudo.
O número de mortos e feridos é enorme, e as informações divulgadas pelo regime a esse respeito não correspondem ao que vemos nas ruas. Não sabemos exatamente o número de mortos, mas seguramente são muitos. A repressão das forças do ditador Nicolas Maduro é uma das mais violentas do mundo. Como cidadã venezuelana, quero enfatizar que na Venezuela está sendo travada a batalha decisiva para a América Latina. Nosso inimigo é oForo de São Paulo, a international narco-comunista do continente latino-americano, cujo chefe de fato é o ditador comunista cubano Raul Castro.
A ditadura comunista cubana instalou um governo fantoche em meu país, cuja face visível é o ditador Nicolás Maduro, apoiado pelas Forças Armadas e uma “oposição” de esquerda socialista, que está determinada a mostrar ao mundo uma fachada democrática inexistente.
Na Venezuela não existe uma ditadura do proletariado, mas sim uma narcoditadura militar, financiada por nosso petróleo e pela cocaína das FARC e de Evo Morales, e cujos negócios são tributados a Raul Castro. A América Latina precisa entender que nossa luta vai além de nossas fronteiras. Nossa vitória seria desastrosa para o Foro de São Paulo, não apenas pela perda de seus redutos, mas também porque destruiria os planos russos e chineses de instalarem bases militares em no continente sul-americano.
A batalha travada aqui é de dimensão global. As duas administrações norte-americanas anteriores deixaram os venezuelanos sozinhos. Espero que o presidente Donald Trump esteja bem aconselhado e veja o que realmente está em jogo na Venezuela. Para a infelicidade do povo venezuelano, não tivemos líderes verdadeiros nesta batalha de dimensão global. Mas apenas políticos socialistas e esquerdistas disputando entre si por pedaços do poder, sem se importar com desespero e a escravidão de todo um país que já foi outrora o mais rico da América. O mundo deve entender que na Venezuela há um conflito armado internacional, e que o regime de Maduro é um perigo para as Américas e para toda a humanidade.
Nesse momento, os líderes da nossa resistência Eduardo Bittar e Roderick Navarro conseguiram, com muito sacrifício e ajuda de muitas pessoas, chegar à Colômbia e em seguida, para o Brasil tentando apoio e ajuda e para dizer a verdade ao mundo tudo. Nós venezuelanos não podemos continuar sozinhos, precisamos da ajuda das pessoas. É importante ter em mente que o Foro de São Paulo juntamente com o chavismo representam uma ameaça para a paz e para a segurança da América.
23 de agosto de 2017
Emma Sarpentier é ativista venezuelana e colaboradora do Crítica Nacional em Caracas.
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