Por razões humanitárias, o governo brasileiro - a despeito das sérias restrições orçamentárias pelas quais atravessa – deve continuar a oferecer abrigo e assistência às dezenas de milhares de venezuelanos que têm buscado o Brasil, para escapar da fome e da miséria em seu país.
Nossas diferenças não são, afinal, com o sofrido povo venezuelano, mas com um governo que, na medida em que perde legitimidade, recorre mais acentuadamente ao autoritarismo e à violência.
Fazemos ideia das dificuldades e da falta de perspectivas que sufocam a população do país vizinho, pois no Brasil conduzido pelo PT seguíamos por caminho similar, resultante de políticas populistas associadas a uma incompetente gestão macroeconômica.
Embora conte a Venezuela com as maiores reservas mundiais de petróleo, a incompetência do chavismo-madurismo elevou a inflação no país para o patamar de 700% nos últimos doze meses. O PIB caiu 35% entre 2013 e 2017, com o produto per capita declinando 40% no mesmo período.
Incapazes de conter a inflação e estancar o declínio econômico, os dirigentes venezuelanos buscam responsabilizar supostos adversários externos pelas mazelas internas.
O novo chanceler da Venezuela, Jorge Alberto Arreaza resolveu usar o ‘tweeter’ para desancar o Brasil. Disse que o presidente Michel Temer – a quem classificou de ‘dinossauro’ - carece de moral para falar de democracia. Isso por conta da decisão do governo brasileiro de não reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte instaurada na Venezuela.
Arreaza, uma figura apagada e medíocre, não teria dito nada se não tivesse sido orientado a reagir pela presidente da referida Constituinte, a Sra. Delcy Rodríguez, sua antecessora no Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
O pessoal do PT conhece bem o novo chanceler. Arreaza foi pessoa admirada pelo professor Marco Aurélio Garcia, o dirigente do PT que nos anos Lula-Dilma orientou a mais desastrosa política externa de nossa História.
Não que Garcia nele observasse particular brilho intelectual ou capacidade de reflexão independente. O que apreciava era a absoluta devoção de Arreaza ao populismo chavista, o que dele fazia um aliado incondicional do PT em qualquer iniciativa que propusesse.
Arreaza nunca chegou aos pés de Delcy Rodríguez em sua capacidade de idolatrar o chavismo, até mesmo em sua versão mambembe do madurismo.
Delcy, afinal, é exímia manipuladora da informação, habilidade que adquiriu nos anos em que foi ministra do Poder Popular para a Comunicação de Hugo Chávez. Nessa área, a experiência de Arreaza é bem mais modesta, tendo chegado apenas a mediar programas de propaganda no rádio e na televisão
23 de agosto de 2017
Pedro Luiz Rodrigues
Nossas diferenças não são, afinal, com o sofrido povo venezuelano, mas com um governo que, na medida em que perde legitimidade, recorre mais acentuadamente ao autoritarismo e à violência.
Fazemos ideia das dificuldades e da falta de perspectivas que sufocam a população do país vizinho, pois no Brasil conduzido pelo PT seguíamos por caminho similar, resultante de políticas populistas associadas a uma incompetente gestão macroeconômica.
Embora conte a Venezuela com as maiores reservas mundiais de petróleo, a incompetência do chavismo-madurismo elevou a inflação no país para o patamar de 700% nos últimos doze meses. O PIB caiu 35% entre 2013 e 2017, com o produto per capita declinando 40% no mesmo período.
Incapazes de conter a inflação e estancar o declínio econômico, os dirigentes venezuelanos buscam responsabilizar supostos adversários externos pelas mazelas internas.
O novo chanceler da Venezuela, Jorge Alberto Arreaza resolveu usar o ‘tweeter’ para desancar o Brasil. Disse que o presidente Michel Temer – a quem classificou de ‘dinossauro’ - carece de moral para falar de democracia. Isso por conta da decisão do governo brasileiro de não reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte instaurada na Venezuela.
Arreaza, uma figura apagada e medíocre, não teria dito nada se não tivesse sido orientado a reagir pela presidente da referida Constituinte, a Sra. Delcy Rodríguez, sua antecessora no Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
O pessoal do PT conhece bem o novo chanceler. Arreaza foi pessoa admirada pelo professor Marco Aurélio Garcia, o dirigente do PT que nos anos Lula-Dilma orientou a mais desastrosa política externa de nossa História.
Não que Garcia nele observasse particular brilho intelectual ou capacidade de reflexão independente. O que apreciava era a absoluta devoção de Arreaza ao populismo chavista, o que dele fazia um aliado incondicional do PT em qualquer iniciativa que propusesse.
Arreaza nunca chegou aos pés de Delcy Rodríguez em sua capacidade de idolatrar o chavismo, até mesmo em sua versão mambembe do madurismo.
Delcy, afinal, é exímia manipuladora da informação, habilidade que adquiriu nos anos em que foi ministra do Poder Popular para a Comunicação de Hugo Chávez. Nessa área, a experiência de Arreaza é bem mais modesta, tendo chegado apenas a mediar programas de propaganda no rádio e na televisão
Pedro Luiz Rodrigues
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