"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 6 de junho de 2017

EMÍLIO ODEBRECHT CONFESSA A MORO QUE LULA PARTICIPAVA DIRETAMENTE DA CORRUPÇÃO


Odebrecht negociava pessoalmente com Lula
O patriarca do Grupo Odebrecht, empresário Emílio Alves Odebrecht, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, nesta segunda-feira, dia 5, que nas reuniões mantinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “houve pedido” de “contribuições” para as campanhas eleitorais do PT. Um dos 77 delatores da empresa, Emílio relatou encontros com o petista para pedir ajuda em negócios de seu interesse, como solicitação de interferência no Ministério da Fazenda.
“Houve, como todos os presidentes, daqui do Brasil como do exterior, sempre pediram ajuda. Outra coisa é a maioria entrar no detalhe. Existia uma relação cerimoniosa, apesar da relação de confiança, apesar de uma relação até de amizade, por longa data que nos conhecíamos, não existia efetivamente algo onde a gente conversasse sobre valores”, afirmou Emílio Odebrecht.
ACUSAÇÕES – O empresário foi ouvido como testemunha de acusação do Ministério Público Federal, no processo em que Lula é acusado de receber R$ 12 milhões em propinas da Odebrecht. O dinheiro seria oculto na compra de um terreno para sede do Instituto Lula, em São Paulo, e de um apartamento no edifício onde mora o petista, em São Bernardo do Campo.
“Tanto assim, que ele indicava quem seria a pessoa dele e eu indicava quem seria a minha pessoa, para ver como nós ajudávamos. E eu orientava o meu responsável, que em uma época foi Pedro Novis e em outra Marcelo (Odebrecht), que eles encontrassem uma forma de atender e procurasse compatibilizar alguns fatores.”
O patriarca do grupo confirmou conteúdo de sua delação, em que afirmou que todo contato da Odebrecht com Lula era feito por ele. Disse que foram feitas várias reuniões com o ex-presidente, inclusive as que foram solicita a ajuda do petista com a aprovação do chamado Refis da Crise e o aumento da linha de crédito para exportação para Angola. Os dois negócios foram origem da conta corrente do PT da “planilha Italiano”, que era administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci.
AMARRADO NA FAZENDA – Emílio falou que buscava Lula com pedidos feitos pelos empresários do grupo. Confirmou ter levado ao ex-presidente a atuação dele na liberação de linha de crédito para Angola e na ajuda de uma medida provisória, no Refis da Crise.
“Levei porque era interesse do setor e estava amarrado lá no Ministério da Fazenda”, disse Odebrecht. “Pedi a ele que procurasse me ajudar a verificar o por quê o assunto estava preso lá na Fazenda, só.”
O empresário afirmou que na época o ministro seria Guido Mantega – também apontado nas delações da Odebrecht como interlocutor das arrecadações do PT.
ORIENTAÇÕES – Emílio disse que dava duas orientações. “A primeira delas é que as contribuições ao PT fossem atendidas”, afirmou delator, ao ser questionado pela procuradora da República Isabel Groba, da força-tarefa da Lava Jato, se o petista tinha pedido “ajuda financeira” nos encontros. O empresário solicitava “ajuda” em interesse da empresa no governo.
“Por exemplo, evitar-se de estar fazendo discrepância entre partidos, para evitar ciúmes e problemas. Segundo, que eles procurassem efetivamente negociar, que não precisava nem dizer, que por instinto empresarial iam buscar negociar ao máximo, minimizando esses valores. E que procurasse fazer realmente no tempo mais esticado possível, não fizesse nada de vez. Essas foram as orientações.”
A ação penal é referente a propinas pagas pela Odebrecht, no esquema que seria liderado pelo ex-presidente. Os valores teriam chegado a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobrás e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizem os locutores esportivos, “fim de papo, fim de jogo”. Lula pode continuar alegando que nunca pediu um centavo a empresário algum, e realmente é verdade, porque ele jamais falou em centavos, ia logo pedindo milhões(C.N.)

06 de junho de 2017
Ricardo Brandt, Julia Affonso, Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Estadão

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