Divertido texto de Vera Vaia, publicado no Boletim, sobre as centenas de siglas que infernizam nosso cotidiano: |
PQP! É muita sigla!
Já estou misturando tudo!
Tô achando que JFK é o frango frito mais famoso do mundo, aquele que veio lá do Kentucky, estado americano que faz fronteira com Diamantina onde nasceu JK e também onde KFC morreu com um tiro disparado por Mark Chapman, quando desfilava em carro aberto ao lado da primeira Dama Yoko Ono. Que o FHC é aquele famoso lutador de UFC que teve um caso com a Marilyn Monroe, ex-apresentadora do Jornal da Band. E PCC, me parece, é o nome do grupo comandado pelos irmãos Batista. Me confunde essa sigla, que é muito parecida com aquela que classifica as quadrilhas traficantes de carnes processadas. Outra que me intriga é a OAB. O que um absorvente interno tem a ver com o impeachment do Temer?
A sigla do Tribunal de Contas da União eu conheço, mas sempre me assusta quando vejo estampada nos jornais, como nessa declaração do Eduardo Cardozo: “confio que o TCU fará um julgamento isento”. Preciso ler e reler, porque tenho uma tendência a inserir mais duas letrinhas depois do T.
Outra que ficou bem manjada, depois de o estabelecimento ter sido transformado em puteiro pelos ex Lula e Dilma, é a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES. Aquele banco que serve para desenvolver economicamente, países como Angola, Venezuela, Argentina, República Dominicana e Cuba, que receberam de mão beijada, generosas quantias em dinheiro, empregadas na recuperação de suas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, hidrelétricas e o escambau a quatro, com o selo de garantia Odebrecht!
Também serviu para que Joesley e Wesley se desenvolvessem econômica e socialmente aqui e nos esteites, onde, com o nosso dinheiro, puderam comprar a Swift americana, e expandir seus negócios fazendo saltar um faturamento de 4 bilhões, uma merreca que eles ostentavam em 2006, para 170 bilhões, em apenas 10 anos, com a ajuda do Poderoso Chefão 9 (Nine).
E eles cresceram tanto, que conseguiram até o Poderoso Chefão 2, como garoto propaganda da marca. Robert de Niro aparece na TV e nos convence de que o presunto Seara, é melhor que o prosciutto di Parma. “Existe o bom, o ótimo e o Seara Gourmet”, diz ele com um sorriso de satisfação por um cachê bem pago.
Esse rapazes são poderosos! E ardilosos!
Depois de armarem um salseiro no mundo político e econômico brasileiro, deram no pé, com a ajuda do STF, e foram viver suas vidas de “perseguidos”, ficando mal acomodados naqueles MHML (My House My Life) da 5ª Avenida, em Nova Iorque. Até o iate do Joesley, que custa 10 milhões de dólares, ou mais, teve de ser levado pra lá, para que a família “escondida”, possa misturar suas lágrimas de tristeza, às do oceano.
Como se vê, nesse mundo de siglas, se dão bem os que tem vínculos com os poderosos de BSB.
Demorei pra entender porque Brasília levava essa sigla. Disseram que não podia ser BR, porque ela já tinha sido patenteada pelo país, então meteram um BSB. E a julgar pelos políticos que lá transitam, deve querer dizer: Bandidos, Só, Bandidos!
Ufa! (Ou será UEFA?). Já estou de SC de tanta sigla e de tanto imbroglio.
26 de maio de 2017
orlando tambosi
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