"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O IMPACTO DA VITÓRIA DE DONALD TRUMP E O FUTURO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL

 


Não há nenhuma dúvida que os norte-americanos sempre constituíram o povo mais criativo do planeta e por isso mesmo edificaram o país mais grandioso da Terra em todos os níveis. Não é mera coincidência que inúmeros pensadores europeus debruçaram-se sobre o tema já nos albores do gigante americano.
Um dos grandes clássicos sobre o tema é “Da Democracia na América”, do francês Alexis de Tocqueville, cuja primeira publicação se deu em 1835. Nesta obra Tocqueville aborda os Estados Unidos dos anos 30 do século XIX.
Mas não foi apenas Tocqueville que enfocou o tema. Há inúmeros outros pensadores e romancistas  europeus que ficaram embasbacados com a performance norte-americana. O filósofo e sociólogo alemão Max Weber empreendeu em 1904 uma longa viagem aos Estados Unidos juntamente com outros professores da Universidade de Heildelberg, onde fora professor e comentou muito ao longo de sua obra sobre os aspectos da sociedade americana. Afinal, verificara in loco muito daquilo que teorizara em seu notável ensaio “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Assinalo essa viagem de Weber no meu livro “Elementos de Sociologia do Direito em Max Weber”, (2001) que reproduzo com pequenos reparos a minha dissertação de Mestrado que defendi em 1996 na UFSC.
Já em 1927, foi publicado o primeiro romance de Franz Kafka intitulado América. Lembro que li esse romance quando tinha uns 18 anos de idade. Eita! E lá se vão algumas décadas... Sem nunca ter pisado na América Kafka narra as andanças do jovem Karl Rossmann, personagem central do romance, pelas terras de Tio Sam.
Há outros exemplos literários, filosóficos e sociológicos que denotam a surpresa dos europeus em relação à pujança dos Estados Unidos. Afinal, até então a velha de guerra Europa era o centro do mundo ocidental, hegemonia que fora então quebrada de forma espetacular pelo dito “novo mundo” que teria, como de fato teve, os Estados Unidos como a emergência de uma nova liderança global que permanece até hoje.
A grandeza americana que fora objeto de tantas análises e até mesmo obras de ficção, como o romance kafkiano que citei, por outro lado passou a ser alvo do destrutivo assédio do movimento comunista internacional, mormente pela ex-URSS e que haveria de marcar praticamente quase todo século XX por aquilo que se convencionou conceituar como “guerra fria” cujo epílogo se verificou mais tarde pelo desabamento da União Soviética que, por si só, tipifica uma vitória americana. Ao mesmo tempo o movimento comunista larga as armas convencionais e cria a denominada “guerra cultural” que se vivencia na atualidade e que pela primeira vez sofre um revés formidável com a vitória de Donald Trump no recente pleito presidencial americano.
Este meu pequeno e ligeiro artigo foi inspirado no vídeo que ilustra este post com tradução do pessoal da “Embaixada da Resistência” que mantém uma excelente página do Facebook furando de forma espetacular o bloqueio da grande mídia e de seus jornalistas amestrados bobalhões e mentirosos. 
Vídeos como este postado acima viralizam nos Estados Unidos mas somente chegam ao nosso conhecimento por meio das redes sociais e sites independentes de viés conservador. E notem que por meio da “guerra cultural” levada a efeito pelo esquerdismo, os temas conservadores são escamoteados de forma impiedosa pelos trastes ideológicos que controlam as redações dos grandes veículos de mídia.
Por isso a vitória de Donald Trump nesta eleição americana tem um efeito pedagógico excepcional por permitir pela primeira vez em quase uma década uma ampla reflexão, sobretudo no que tange à liberdade em todos os níveis e, de forma especial, à liberdade individual da qual os Estados Unidos se constituem como principal guardião. Afinal, os alicerces da Nação norte-americana edificados pelos Founding Fathers ainda não foram demolidos. A vitória de Donald Trump é a prova disso. 
De tudo que se fala de política em todos os níveis, em todos os lugares do planeta, está umbilicalmente vinculado a esses novos e surpreendente eventos que começaram pelo Brexit, a saída do Reino Unido da deletéria União Européia e agora com a vitória de Donald Trump cujo mote de campanha “Make America Great Again”, vai além de um slogan eleitoreiro, porquanto delineia em grande medida uma reação gigantesca contra a campanha de desmonte da Civilização Ocidental. Isto quer dizer, em outras paalavras, o desmonte das peças que sustentam a liberdade individual. Como já me referi em outros escritos, a liberdade individual é como uma célula da liberdade em seu sentido amplo. Ou seja: sem a liberdade individual não há liberdade nenhuma.

Quem entender o que acabei de discorrer neste texto mata a charada. Daí a minha insistência neste tema porque o resto é baba espumante do esquerdismo delirante que se desmancha no ar. E acreditem: todos nós neste momento estamos vivenciando acontecimentos históricos que deverão estabelecer os marcos referenciais culturais, políticos e econômicos das próximas décadas em nível global.

06 de dezembro de 2016
in aluizio amorim

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