A manifestação popular contra o mar de lama que insiste em sufocar o Brasil realizada no último domingo já teve desdobramento surpreendentes nesta segunda-feira com o afastamento do Presidente do Senado, Renan Calheiros, decorrente de liminar do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) concedida no pedido ajuizado pela Rede Sustentabilidade tendo em vista que Calheiros virou réu por peculato (desvio de dinheiro público). A decisão tem duração temporária e precisa ser confirmada pelo plenário do STF.
Com o afastamento de Renan seu sucessor é o Senador Jorge Viana, do PT do Acre, o que dá uma ideia do fabuloso aparelhamento do Senado por Lula e seus sequazes nos últimos anos e que contou com o apoio integral do PMDB. Sem o apoio peemedebista o PT jamais teria chegado ao poder.
Mas a política percorre caminhos tortuosos. O impeachment acabou levando o PMDB ao poder. Por enquanto, Michel Temer é o Presidente da República de fato e de direito e permanece lá enquanto for mantido um certo silêncio obsequioso da maioria da população brasileira. Todavia esse compasso de espera não tem prazo definido. O governo de Temer se mantém no fio da navalha.
O afastamento de Renan Calheiros, que pode ser definitivo por decisão do colegiado do STF, não imporá obstáculo ao governo de Michel Temer, até onde nossa vista enxerga. O mandato do petista Jorge Viana será efêmero já que haverá eleição para a nova mesa do Senado em 1º de fevereiro de 2017.
Neste caso a entrega da presidência do Senado a um comunista com mandato diminuto é menos nociva do que a relutância de Michel Temer em promover uma despetização do poder.
E causa estranheza que Temer mantenha em postos chave da administração federal e empresas públicas o restolho do petismo, como a presidência da Itaipu, que continua nas mãos de um petista unha e carne de Lula, o paranaense Jorge Samek, enquanto na Petrobras deverá assumir o Setor de Inteligência, a ultra petralha Regina Miki.
O que de positivo se pode tirar de todos esses efervescentes acontecimentos políticos é que o exercício da cidadania verdadeira que se verifica na atualidade não tem paralelo na história da República. Isto se verifica nas mega manifestações que vêm ocorrendo no Brasil. Curioso é que essa escalada da cidadania começou em 2013, quando o PT e seus satélites, inclusive ONGs esquerdistas e grupelhos de black blocs, iniciaram uma série de protestos cujo objetivo era acelerar a a venezuelização do Brasil. Porém, nessa onda, os comunistas não contavam com a presença de novos atores, isto é, outros manifestantes que foram às ruas com Bandeiras do Brasil contestando a comunização do país que estava sendo conduzida pelo PT.
Até que explodiu a movimento pró-impeachment da Dilma e de lá para cá o povo brasileiro, majoritariamente anticomunista, não saiu mais das ruas.
Esta é uma leitura ligeira do que está ocorrendo. Desde a mega passeata que desatou a revolução de março de 1964, não tinha se constatado mais essa presença marcante do autêntico povo brasileiro nas ruas exigindo um fim geral e irrestrito da corrupção e da roubalheira desenfreada que sempre formam a antessala de qualquer regime comunista.
Deve-se acrescer aos fatos do presente a Operação Lava Jato que tem o apoio geral e irrestrito dos brasileiros e faz aparecer uma luz no fim do túnel que levava ao Brasil para o inferno comunista.
Pode-se afirmar, sem dúvida, que o Brasil já vive uma segunda revolução que por enquanto prescinde da força dos quartéis.
06 de dezembro de 2016
in aluizio amorim
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