SÓ O EX-PRESIDENTE DA ESTATAL LEVOU R$12 MILHÕES, ACHA O MPF
A Procuradoria da República aponta que a cúpula da Eletronuclear levou R$ 26,4 milhões em propinas das obras de Angra 3. Somente o ex-presidente da estatal almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu R$ 12 milhões – o que corresponde a 1% do montante da construção, orçada em R$ 1,2 bilhão.
Segundo as investigações Operação Pripyat, deflagrada nesta quarta-feira, 6, outra parte da propina - 1,2% do valor total da obra - foi dividida entre cinco ex-dirigentes: ex-diretor técnico Luiz Soares (0,3%), ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini (0,3%), ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani (0,2%), ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias (0,2%) e ex-superintendente de Construção José Eduardo Costa Mattos (0,2%).
A Operação Pripyat indica ainda que houve propina para “núcleo político da organização criminosa, investigado no âmbito do Supremo Tribunal Federal” e que a empreiteira Andrade Gutierrez pagou as propinas.
“Tendo em conta a informação de que a Eletronuclear pagou para a Andrade Gutierrez em relação ao contrato de construção civil de Angra 3 o valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e estabelecendo-se a possível premissa de que todo o acerto realizado foi pago, é possível apresentar a estimativa de que Othon Luiz recebeu até R$ 12 milhões”, diz a Procuradoria.
Também foi identificado o pagamento suspeito de R$ 653,8 mil da Engevix para a Flexsystem. Também são suspeitos os pagamentos de R$ 375,4 mil da Engevix e de R$ 178,3 mil da Andrade Gutierrez para a AEM Sistemas. Foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para a VW Refrigeração no valor de R$ 3,4 milhões. Ainda foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para geração de “Caixa 2” para propina em espécie relacionada a Angra 3, nos seguintes valores: R$ 7,19 milhões para a empresa Eval, R$ 126,64 milhões para a empresa Legend, R$ 37,81 milhões para a empresa SP Terraplanagem e R$ 5 milhões para a empresa JSM Engenharia.
Para os procuradores Lauro Coelho Junior, José Augusto Vagos e Eduardo El Hage, que compõem a Força Tarefa da Lava Jato no Rio, “as investigações constataram a incrível audácia da organização criminosa que vitimou a Eletronuclear, sendo que, mesmo após ter sido alvo da Operação Radioatividade, continuou a ter influência na estatal, atrapalhando a completa elucidação do amplo esquema de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro”. Com informações da Agência Estado.
06 de julho de 2016
diário do poder
A OPERAÇÃO PRIPYAT INDICA AINDA QUE HOUVE PROPINA PARA ‘NÚCLEO POLÍTICO DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, INVESTIGADO NO ÂMBITO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL’ (FOTO: FÁBIO MOTTA/ESTAÃO CONTEÚDO) |
A Procuradoria da República aponta que a cúpula da Eletronuclear levou R$ 26,4 milhões em propinas das obras de Angra 3. Somente o ex-presidente da estatal almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu R$ 12 milhões – o que corresponde a 1% do montante da construção, orçada em R$ 1,2 bilhão.
Segundo as investigações Operação Pripyat, deflagrada nesta quarta-feira, 6, outra parte da propina - 1,2% do valor total da obra - foi dividida entre cinco ex-dirigentes: ex-diretor técnico Luiz Soares (0,3%), ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini (0,3%), ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani (0,2%), ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias (0,2%) e ex-superintendente de Construção José Eduardo Costa Mattos (0,2%).
A Operação Pripyat indica ainda que houve propina para “núcleo político da organização criminosa, investigado no âmbito do Supremo Tribunal Federal” e que a empreiteira Andrade Gutierrez pagou as propinas.
“Tendo em conta a informação de que a Eletronuclear pagou para a Andrade Gutierrez em relação ao contrato de construção civil de Angra 3 o valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e estabelecendo-se a possível premissa de que todo o acerto realizado foi pago, é possível apresentar a estimativa de que Othon Luiz recebeu até R$ 12 milhões”, diz a Procuradoria.
Também foi identificado o pagamento suspeito de R$ 653,8 mil da Engevix para a Flexsystem. Também são suspeitos os pagamentos de R$ 375,4 mil da Engevix e de R$ 178,3 mil da Andrade Gutierrez para a AEM Sistemas. Foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para a VW Refrigeração no valor de R$ 3,4 milhões. Ainda foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para geração de “Caixa 2” para propina em espécie relacionada a Angra 3, nos seguintes valores: R$ 7,19 milhões para a empresa Eval, R$ 126,64 milhões para a empresa Legend, R$ 37,81 milhões para a empresa SP Terraplanagem e R$ 5 milhões para a empresa JSM Engenharia.
Para os procuradores Lauro Coelho Junior, José Augusto Vagos e Eduardo El Hage, que compõem a Força Tarefa da Lava Jato no Rio, “as investigações constataram a incrível audácia da organização criminosa que vitimou a Eletronuclear, sendo que, mesmo após ter sido alvo da Operação Radioatividade, continuou a ter influência na estatal, atrapalhando a completa elucidação do amplo esquema de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro”. Com informações da Agência Estado.
06 de julho de 2016
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