"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de junho de 2016

SEM CARGOS, ALIADOS AMEAÇAM MICHEL TEMER, QUE DEVERIA REVELAR OS NOMES DOS TRAIDORES DA PÁTRIA



Quando o presidente em exercício Michel Temer assumiu o comando do País, na esteira do afastamento da petista Dilma Rousseff, o
UCHO.INFO afirmou que a coalizão do novo governo (ainda interino) deveria se dar a partir do compromisso incondicional de tirar o Brasil da crise e reverter o cenário de caos que rouba o sono dos cidadãos.

Preocupado em formar uma equipe de governo com notáveis e especialistas em cada setor, Temer se viu obrigado a mudar os planos e dar um viés parlamentar à Esplanada dos Ministérios. 

Tirante o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o agora aprovado presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, todos os outros chegaram ao governo no embalo do fisiologismo barato e nocivo.

Não é inválido afirmar que o governo de Michel Temer é mais do mesmo, o que coloca dose de perigo no processo de impeachment de Dilma, mas também não se deve desconsiderar a possibilidade de esse quadro mudar após a aprovação de matérias importantes no âmbito da economia. 

Mesmo assim, essa chance é cada vez mais diminuta, pois Temer precisará manter apoio no Congresso Nacional, o que significa ser conivente com a chantagem covarde e explícita da classe política.

Na segunda-feira (6), diante da briga de foice em que se transformou a disputa por cargos no segundo escalão do governo, Michel Temer suspendeu a nomeação para cargos em estatais, deflagrando uma rebelião silenciosa na chamada base aliada.

De acordo com o presidente em exercício, os cargos serão preenchidos somente após a votação da “Lei das Estatais”, que exige comprovada qualificação técnica para cargos de diretoria ou presidência de estatais e fundos de pensão.

No alvo do impasse estão 400 diretorias e mais 700 cargos em órgãos federais como Furnas Centrais Elétricas, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Eletrobrás, Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) e Casa da Moeda, entre outros.

A bizarrice que emoldura essa discussão chega a ser assustadora até mesmo para os experientes que frequentam as entranhas do poder. 
Como se o Brasil ainda vivesse sob o manto das capitanias hereditárias, deputados alegam que antes do impeachment ocupavam os cargos em questão, mas que agora não conseguem reavê-los.

Longe de serem aliados de fato, esses políticos agem como proxenetas que enxergam o Parlamento como um lupanar de beira de estrada. Entre esses criminosos com mandato, que focam somente os próprios interesses, há quem garanta que a não devolução (sic) dos cargos significa romper com o governo nas votações no Congresso.

Michel Temer deveria encher-se de coragem e, em cadeia de rádio e televisão, revelar aos brasileiros os nomes desses traidores da pátria que se especializaram em saquear os cofres do Estado. 

Sendo assim, a parcela de bem da população, que luta por um Brasil melhor, tem o dever de, sob pressão, exigir desses parlamentares uma postura minimamente republicana.

07 de junho de 2016
ucho.info

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