Chapeuzinho pode comer o rabo do Lobo Mau?
A guerra de todos contra todos, que no Brasil merece ser chamada de "Fim dos Imundos", promete um capitulo de truculência política. Aliados dos poderosos José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha estudam uma fórmula jurídica e um motivo plausível para abrir um processo de impedimento contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a prisão do quarteto fantástico do PMDB - responsável por cuidar da derrubada final da Dilma Rousseff e pela sustentação inicial do governo provisório de Michel Temer. O problema é só achar uma razão forte para detonar Janot, antes que o Procurador acabe politicamente com eles, e o Supremo Tribunal Federal não decrete uma prisão dada como favas contadas, por isonomia com o episódio Delcídio do Amaral.
O Congresso Nacional acorda para uma realidade implacável. A classe política brasileira definitivamente não pode continuar sendo a mesma depois dos ousados lances do Ministério Público e do Judiciário na conjuntura pós-Lava Jato. Tornar-se-á (Temer, me empresta sua mesóclise, por favor) urgente uma profunda revolução política. Uma mera reforma não bastará. Será necessário mexer na estrutura. A solução é: voto Distrital com Distrital Misto, tendo eleições eletrônicas que permitam recontagem por voto impresso, com a redução drástica no número de partidos e a possibilidade de candidaturas avulsas, além do fim do voto obrigatório que só alimenta os velhos currais eleitorais. A atividade Política, fundamental para a Democracia, não pode ser sinônimo de organização criminosa.
Não vale a pena dar ouvidos a interpretações apressadas de que uma eventual ação de Rodrigo Janot contra a cúpula do PMDB tem apenas o objetivo de ajudar Dilma Rousseff a se salvar do impeachment, com o petista Jorge Viana assumindo a presidência do Senado se a prisão de Renan Calheiros for decretada pelo STF. Dilma não tem mais a menor condição política de retorno, ainda mais depois da delação premiada e dos depoimentos de Nestor Cerveró - hoje um dos homens de maior visão destrutiva contra o PT. Dilma e Lula estão prestes a se tornarem réus em processos no Brasil e no exterior. A operação de limpeza contra outras dezenas (ou serão centenas) de políticos é irreversível. Trata-se de uma exigência da maioria da sociedade brasileira, que o poder judiciário não deseja contrariar.
O caminho é sem volta. Temos mais de 300 políticos no Congresso, nos estados e nos municípios envolvidos em grandes falcatruas contra a administração e o interesse públicos. Além de punir os infratores com rigor, que é missão do Ministério Público denunciar e do Judiciário julgar e punir, se for o caso, é fundamental partirmos para uma mudança profunda da estrutura estatal brasileira. Mesmo tendo provas objetivas de que o fisiologismo e o patrimonialismo estão arraigados na cultura política brasileira, é preciso avançar institucionalmente na criação de mecanismos de controle do cidadão sobre os entes estatais. Temos de criar Controladorias e Ouvidorias públicas, com conselheiros e técnicos que tenham mandato eletivo, escolhidos entre os eleitores qualificados para a missão de zelar pela ética, probidade e qualidade dos serviços públicos.
Esse é o grande desafio (encarar um debate sério) que o Brasil tem a obrigação de enfrentar daqui para frente. Temos de reinventar uma nação em novas bases estruturais democráticas, com plena segurança do Direito, pleno exercício da cidadania, liberdade responsável de expressão e total respeito ao indivíduo. A Constituição Brasileira precisa apenas sofrer um enxugamento, com alguns aprimoramentos, para cumprir e fazer cumprir tais missões fundamentais que criam as bases para um País que queira promover o pleno desenvolvimento de seus fatores culturais, produtivos e civilizatórios.
A pergunta do título foi só para provocar e chamar a atenção. O Brasil não aguenta mais a turma do chapeuzinho vermelho. Mas também não suporta as sacanagens infindáveis dos Lobos Maus. Já passou da hora de reescrevermos nossa História em moldes dignos, realmente democráticos, após um amplo debate nacional que pode resultar, inclusive, de embates que podem conter graus de violência. Todas as nações desenvolvidas passaram por tal processo de depuração, decantação e muita discussão até atingir um nível civilizatório e produtivo satisfatório.
O Brasil terá de se submeter ao processo de Intervenção Cívica Constitucional, para o efetivo aprimoramento de suas instituições. Não tem mágica, nem jogo de sedução ou enganação. Mudar é preciso. Só temos que debater exaustivamente e definir, urgentemente, que Brasil queremos, desejamos e podemos fazer, no curto, médio e longo prazos.
E, para finalizar, uma perguntinha: quando é que a Procuradoria Geral da República mandará pedir a prisão de tantos outros bandidos da politicagem brasileira?
Vinho da Dilma é falso
Em nossa primeira edição, veiculamos uma nota fiscal sobre uma despesa caríssima de vinhos que a Presidenta Dilma teria feito em suas viagens pelo mundo afora.
Chega a confirmação de que a nota é tão falsa quando a honestidade da maioria da cúpula da petelândia.
De toda forma, é preciso realizar um pente-finíssimo nos gastos dos Cartões de Crédito Corporativos da Presidência da República, bem como nas tais "despesas secretas" - feitas sempre em nome da tal "segurança nacional" - usando o mesmo "dinheiro de plástico" bancado pelo "contribuinte" brasileiro.
Já que o gasto com vinho da Dilma é falso, sugerimos aos leitores uma experimentação nestes tempos gelados - ou em que os políticos ladrões começam a entrar em uma fria...
Coração viajante
Piada séria que circula na malvada internet:
Dilma Rousseff ficou feliz da vida com a ordem do desafeto Michel Temer para que a FAB separe um avião para transporte de órgãos destinados a transplantes.
Assim, a Presidenta vai se fantasiar de "Coração Valente" para conseguir burlar a regra que restringe seus voos oficiais entre Brasília e Porto Alegre...
Dilma só não vai fazer suas viagens de bicicleta porque Fernando Haddad ainda não foi eleito Presidente, com a missão de construir uma ciclovia superfaturada do Oiapoque ao Chuí...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
07 de junho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
O Congresso Nacional acorda para uma realidade implacável. A classe política brasileira definitivamente não pode continuar sendo a mesma depois dos ousados lances do Ministério Público e do Judiciário na conjuntura pós-Lava Jato. Tornar-se-á (Temer, me empresta sua mesóclise, por favor) urgente uma profunda revolução política. Uma mera reforma não bastará. Será necessário mexer na estrutura. A solução é: voto Distrital com Distrital Misto, tendo eleições eletrônicas que permitam recontagem por voto impresso, com a redução drástica no número de partidos e a possibilidade de candidaturas avulsas, além do fim do voto obrigatório que só alimenta os velhos currais eleitorais. A atividade Política, fundamental para a Democracia, não pode ser sinônimo de organização criminosa.
Não vale a pena dar ouvidos a interpretações apressadas de que uma eventual ação de Rodrigo Janot contra a cúpula do PMDB tem apenas o objetivo de ajudar Dilma Rousseff a se salvar do impeachment, com o petista Jorge Viana assumindo a presidência do Senado se a prisão de Renan Calheiros for decretada pelo STF. Dilma não tem mais a menor condição política de retorno, ainda mais depois da delação premiada e dos depoimentos de Nestor Cerveró - hoje um dos homens de maior visão destrutiva contra o PT. Dilma e Lula estão prestes a se tornarem réus em processos no Brasil e no exterior. A operação de limpeza contra outras dezenas (ou serão centenas) de políticos é irreversível. Trata-se de uma exigência da maioria da sociedade brasileira, que o poder judiciário não deseja contrariar.
O caminho é sem volta. Temos mais de 300 políticos no Congresso, nos estados e nos municípios envolvidos em grandes falcatruas contra a administração e o interesse públicos. Além de punir os infratores com rigor, que é missão do Ministério Público denunciar e do Judiciário julgar e punir, se for o caso, é fundamental partirmos para uma mudança profunda da estrutura estatal brasileira. Mesmo tendo provas objetivas de que o fisiologismo e o patrimonialismo estão arraigados na cultura política brasileira, é preciso avançar institucionalmente na criação de mecanismos de controle do cidadão sobre os entes estatais. Temos de criar Controladorias e Ouvidorias públicas, com conselheiros e técnicos que tenham mandato eletivo, escolhidos entre os eleitores qualificados para a missão de zelar pela ética, probidade e qualidade dos serviços públicos.
Esse é o grande desafio (encarar um debate sério) que o Brasil tem a obrigação de enfrentar daqui para frente. Temos de reinventar uma nação em novas bases estruturais democráticas, com plena segurança do Direito, pleno exercício da cidadania, liberdade responsável de expressão e total respeito ao indivíduo. A Constituição Brasileira precisa apenas sofrer um enxugamento, com alguns aprimoramentos, para cumprir e fazer cumprir tais missões fundamentais que criam as bases para um País que queira promover o pleno desenvolvimento de seus fatores culturais, produtivos e civilizatórios.
A pergunta do título foi só para provocar e chamar a atenção. O Brasil não aguenta mais a turma do chapeuzinho vermelho. Mas também não suporta as sacanagens infindáveis dos Lobos Maus. Já passou da hora de reescrevermos nossa História em moldes dignos, realmente democráticos, após um amplo debate nacional que pode resultar, inclusive, de embates que podem conter graus de violência. Todas as nações desenvolvidas passaram por tal processo de depuração, decantação e muita discussão até atingir um nível civilizatório e produtivo satisfatório.
O Brasil terá de se submeter ao processo de Intervenção Cívica Constitucional, para o efetivo aprimoramento de suas instituições. Não tem mágica, nem jogo de sedução ou enganação. Mudar é preciso. Só temos que debater exaustivamente e definir, urgentemente, que Brasil queremos, desejamos e podemos fazer, no curto, médio e longo prazos.
E, para finalizar, uma perguntinha: quando é que a Procuradoria Geral da República mandará pedir a prisão de tantos outros bandidos da politicagem brasileira?
Vinho da Dilma é falso
Em nossa primeira edição, veiculamos uma nota fiscal sobre uma despesa caríssima de vinhos que a Presidenta Dilma teria feito em suas viagens pelo mundo afora.
Chega a confirmação de que a nota é tão falsa quando a honestidade da maioria da cúpula da petelândia.
De toda forma, é preciso realizar um pente-finíssimo nos gastos dos Cartões de Crédito Corporativos da Presidência da República, bem como nas tais "despesas secretas" - feitas sempre em nome da tal "segurança nacional" - usando o mesmo "dinheiro de plástico" bancado pelo "contribuinte" brasileiro.
Já que o gasto com vinho da Dilma é falso, sugerimos aos leitores uma experimentação nestes tempos gelados - ou em que os políticos ladrões começam a entrar em uma fria...
Piada séria que circula na malvada internet:
Dilma Rousseff ficou feliz da vida com a ordem do desafeto Michel Temer para que a FAB separe um avião para transporte de órgãos destinados a transplantes.
Assim, a Presidenta vai se fantasiar de "Coração Valente" para conseguir burlar a regra que restringe seus voos oficiais entre Brasília e Porto Alegre...
Dilma só não vai fazer suas viagens de bicicleta porque Fernando Haddad ainda não foi eleito Presidente, com a missão de construir uma ciclovia superfaturada do Oiapoque ao Chuí...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
07 de junho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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