"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de junho de 2016

OPERAÇÃO BOTA-FORA

TRANSPARÊNCIA INVESTIGA DESVIOS DE R$ 85 MILHÕES EM OBRA OLÍMPICA
PREJUÍZOS FORAM IDENTIFICADOS NO COMPLEXO ESPORTIVO DE DEODORO


EM 2015, A CGU CONSTATOU QUE OS VOLUMES DE RESÍDUO FORAM SUPERFATURADOS PELO CONSÓRCIO COMPLEXO DEODORO, FORMADO PELAS EMPREITEIRAS QUEIROZ GALVÃO E OAS (FOTO: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Desvios de recursos públicos nas obras do Complexo Esportivo Deodoro-Área Norte, no Rio de Janeiro podem chegar a R$ 85 milhões, de acordo com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC). O complexo faz parte da infraestrutura para os Jogos Olímpicos de 2016, em execução com recursos do Ministério do Esporte.

A antiga Controladoria-Geral da União (CGU) escalou oito auditores para acompanhar nesta terça-feira, 7, a Operação Bota-Fora, em conjunto com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal, nos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias.

A partir de fiscalização realizada pela CGU em meados de 2015, foram detectados indícios de falsificação nos registros dos volumes de resíduos das obras de construção civil, que são transportados do local das obras e, depois, depositados em um bota-fora no município de Duque de Caxias/RJ. A CGU constatou que os volumes de resíduo foram superfaturados pelo Consórcio Complexo Deodoro, formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e OAS, mediante falsificação dos documentos comprobatórios e da contratação de empresa que atuaria como “laranja” para simular o transporte e a disposição do material residuário das obras. Foi apurado, também, que o consórcio construtor não pagou as despesas referentes à tarifa de disposição de resíduos da construção civil no local licenciado.

Em março de 2016, a 3ª Vara Criminal do Rio determinou que fossem bloqueados R$ 128,5 milhões, referentes aos serviços de transporte e descarte de resíduos, que seriam pagos à empresa Queiroz Galvão.

A Operação Bota-Fora cumpre oito mandados de busca e apreensão na sede administrativa do Consórcio Complexo Deodoro, responsável pela construção de arenas dos Jogos Olímpicos Rio 2016, na sede de outras empresas ligadas ao esquema e em residências dos investigados.



07 de junho de 2016
diário do poder

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