"Microexplosões" atingem políticos em Brasília
Ao contrário do que conseguem prever as lindas mocinhas que informam a meteorologia na televisão, Brasília tem previsão de "microexplosões" nas próximas horas, nos próximos dias e nos próximos meses. Ventos fortíssimos de limpeza, de cima para baixo, começam a varrer o alto clero do legislativo e do executivo. Na guerra do fim dos imundos, de todos contra todos, meritíssimos magistrados aceleram ações judiciais contra o baixo meretrício da politicagem.
A previsão política é que o quadro de instabilidade vai se intensificar. O Presidento interino Michel Temer cometeu um erro - que ninguém garante que haverá tempo de consertar - ao nomear um ministério que tem pelo menos 15 dos 23 integrantes com algum problema judicial de gravidade. O Supremo Tribunal Federal, até agora, também tem sido muito lento com a punição aos bandidos da política com foro privilegiado. Enquanto Sérgio Moro já condenou 105 na Lava Jato, o STF ainda não puniu ninguém com rigor. Excelente artigo do jornalista Josias de Souza chamou atenção para tal distorção judiciária entre a primeira instância e o topo do judiciário.
Mesmo a contragosto, o STF terá de mostrar serviço com menos lentidão. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, tem "microbombas" para resolver imediatamente. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, junto com o ex-presidente José Sarney e o senador Romero Jucá, todos do alto comando do PMDB. Rodrigo Janot considerou que existem elementos criminosos nas gravações em que o trio é flagrado tentando interferir nas investigações da Lava Jato.
Janot também pediu o afastamento de Renan da presidência do Senado, usando argumentos similares aos empregados no pedido de destituição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal. O STF, por isonomia, não poderá tratar Renan diferentemente de Cunha... Não pode colar aquela desculpinha de que a permanência de Renan é estratégica para a votação do impeachment da Dilma Rousseff.
Outra "microexplosão" também atinge o presidente do PSDB. Rodrigo Janot pediu e o supremo ministro Gilmar Mendes acatou, a abertura de inquérito para investigar o senador Aécio Neves, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e o ex-senador mineiro Clésio Andrade. Os três são suspeitos de maquiar dados do Banco Rural, durante a CPI dos Correios, que deu origem ao processo do Mensalão, para poupar aliados. Gilmar Mendes sentou a caneta nos trio: "Essas condutas foram classificadas pelo Ministério Público como potencialmente configuradoras de crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e falsidade ideológica praticada por funcionário público, além de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro". Todos foram dedurados por Delcídio do Amaral...
Fazendo a inevitável ligação entre o Mensalão e a Lava Jato, o juiz Sérgio Fernando Moro autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Giberto Carvalho e do famoso operador do Mensalão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. Ambos são investigados na 27ª da Operação da Lava-Jato, batizada de “Carbono 14”, que apura se parte do empréstimo fraudulento feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahim foi usado para “comprar o silêncio” do empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC.
Essa "microexplosão" é esperada há muito tempo. Em depoimento prestado em 2012, o publicitário Marcos Valério revelou ter pedido a Bumlai que providenciasse R$ 6 milhões para repassar a Ronan Maria Pinto. Valério denunciou que empresário estava chantageando o ex-presidente Lula, o então secretário da Presidência Gilberto Carvalho e o ex-ministro José Dirceu, por ter informações comprometedoras a revelar sobre o sequestro, tortura e brutal assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel - o fantasma politicamente insepulto que assombra a cúpula da petelândia.
Finalmente, o Brasil começa a constatar que não há mais espaço para um "Judasciário". É urgente um Judiciário que faça justiça, sem meros rigores seletivos. Por enquanto, os políticos corruptos começam a dançar neste ritmo, que não é o ideal. É necessária uma intervenção cívica institucional para livrar o País da escravidão imposta pela desgovernança do crime organizado.
Vazamento investigado
O Juiz Marcos Josefrei, da 14ª Vara Federal de Curitiba, deu prazo de 30 dias para que a Polícia Federal realize novas diligências sobre o caso que investiga o vazamento de informações da Operação Lava Jato por dissidentes da PF.
Já foram indiciados um delegado, dois agentes da PF e dois advogados que atuavam na Lava Jato.
O inquérito apura os crimes de corrupção, violação de sigilo funcional, associação criminosa e denunciação caluniosa, que é a comunicação de falso crime à autoridade.
De acordo com a PF, agentes públicos ofereceram um dossiê com informações privilegiadas sobre investigação a advogados que atuavam na Lava Jato.
Vinho da Dilma
Apenas em 2014, a Presidenta afastada Dilma Rousseff torrou R$ 747,6 milhões, entre itens de luxo e jantares de quase 50 mil dólares.
Uma equipe de auditores escalados por Michel Temer apura uma série de irregularidades nos gastos diretos da Presidência da República, incluindo os gastos feitos por meio do cartão de pagamento do governo, o chamado "cartão corporativo".
Uma das notas, acima, comprova o quanto Dilma tinha o comportamento de uma rainha gastadeira...
Representação contra Dilma e Lula
Haja constrangimento
Proteção Total
Campanha contra a Deduragem
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
07 de junho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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