'NÃO HÁ MENOR CHANCE DE VOLTA', DIZ LÍDER EM ENTREVISTA AO DP
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados e no sexto mandato como deputado federal, Pauderney Avelino (AM) conhece os corredores da Casa. O parlamentar foi um dos fortes articuladores pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, aprovado em 17 de abril por 367 deputados.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Poder, Pauderney disse que a situação na Câmara está insustentável com Waldir Maranhão (PP0MA) na presidência interina e garante: "Não há a menor chance [de retorno de Dilma após 180 dias]".
Como o senhor avalia o clima e panorama da Câmara dos Deputados com o Waldir Maranhão persistindo na presidência interina?
- Nós estamos em uma situação que não me lembro de outra parecida. Um presidente afastado, um presidente interino escondido, oculto, que, em tese, não governa, e as sessões da Câmara sendo conduzidas pelo sucessor. Realmente é uma situação que não causa conforto.
O senhor tem alguma ideia de como sair dessa situação de desconforto? Como as lideranças estão articulando?
A solução, no caso do regimento interno, prevê a renúncia ou ainda a cassação e em última análise nós iríamos para o Supremo Tribunal Federal. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) usando uma decisão da Mesa da Câmara impetrou mandado de segurança junto ao STF. Nós entendemos que o Supremo precisaria esclarecer essa questão do afastamento temporário, no dizer do Supremo, mas definitivo, também no dizer do STF.
Mas parece que Waldir Maranhão está irredutível, não é?
É. É o que ele diz. Mas nós estamos com uma representação contra ele no Conselho de Ética pelo ato que ele cometeu contra a decisão da Câmara dos Deputados e de 367 deputados.
Falando em Conselho de Ética, Eduardo Cunha se defendeu nele, negou as contas na Suíça e disse que volta para a Câmara na segunda-feira. As regalias atribuídas a ele, mesmo afastado, geraram uma ação popular para que ele perca os benefícios. Como o senhor avalia isso?
Com base nessas regalias, que a mesa da Câmara beneficiou, que o deputado Aleluia entrou com representação no Supremo Tribunal Federal. Acho que isso precisaria ser revisto. Claro que ele não precisa disso. Ele deixa de ser deputado quando está afastado. Até mesmo há excessos no caso da presidente afastada Dilma Rousseff, quando a Lei 1.089 diz que ela só poderá ter metade do salário. E está integral. Além dos auxiliares que a acompanham.
O senhor acha que a presidente afastada volta após os 180 dias?
Não há a menor chance.
Quando os senhor foi para Manaus, o senhor foi hostilizado no aeroporto por um grupo de petistas. O que aconteceu ali?
Um grupo de manifestantes do PT e PCdoB, que obviamente vieram para cima de mim porque estão perdendo a boca que os sustenta, e essas pessoas não têm nenhum escrúpulo, a não ser ganhar sem trabalhar e ganhar o dinheiro do povo. O PT quebrou o Brasil e os seus aliados comunistas, como era parte daquela gangue que me esperava no aeroporto. Eles, portanto, além de quebrar o Brasil, quebraram as empresas públicas e devastaram as contas públicas. Nós vamos ter muito trabalho e o presidente Michel Temer terá que ter muita competência e paciência para, juntos, recompormos o nosso país.
23 de maio de 2016
diário do poder
LÍDER DO DEMOCRATAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, PAUDERNEY AVELINO. FOTO: DEM |
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados e no sexto mandato como deputado federal, Pauderney Avelino (AM) conhece os corredores da Casa. O parlamentar foi um dos fortes articuladores pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, aprovado em 17 de abril por 367 deputados.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Poder, Pauderney disse que a situação na Câmara está insustentável com Waldir Maranhão (PP0MA) na presidência interina e garante: "Não há a menor chance [de retorno de Dilma após 180 dias]".
Como o senhor avalia o clima e panorama da Câmara dos Deputados com o Waldir Maranhão persistindo na presidência interina?
- Nós estamos em uma situação que não me lembro de outra parecida. Um presidente afastado, um presidente interino escondido, oculto, que, em tese, não governa, e as sessões da Câmara sendo conduzidas pelo sucessor. Realmente é uma situação que não causa conforto.
O senhor tem alguma ideia de como sair dessa situação de desconforto? Como as lideranças estão articulando?
A solução, no caso do regimento interno, prevê a renúncia ou ainda a cassação e em última análise nós iríamos para o Supremo Tribunal Federal. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) usando uma decisão da Mesa da Câmara impetrou mandado de segurança junto ao STF. Nós entendemos que o Supremo precisaria esclarecer essa questão do afastamento temporário, no dizer do Supremo, mas definitivo, também no dizer do STF.
Mas parece que Waldir Maranhão está irredutível, não é?
É. É o que ele diz. Mas nós estamos com uma representação contra ele no Conselho de Ética pelo ato que ele cometeu contra a decisão da Câmara dos Deputados e de 367 deputados.
Falando em Conselho de Ética, Eduardo Cunha se defendeu nele, negou as contas na Suíça e disse que volta para a Câmara na segunda-feira. As regalias atribuídas a ele, mesmo afastado, geraram uma ação popular para que ele perca os benefícios. Como o senhor avalia isso?
Com base nessas regalias, que a mesa da Câmara beneficiou, que o deputado Aleluia entrou com representação no Supremo Tribunal Federal. Acho que isso precisaria ser revisto. Claro que ele não precisa disso. Ele deixa de ser deputado quando está afastado. Até mesmo há excessos no caso da presidente afastada Dilma Rousseff, quando a Lei 1.089 diz que ela só poderá ter metade do salário. E está integral. Além dos auxiliares que a acompanham.
O senhor acha que a presidente afastada volta após os 180 dias?
Não há a menor chance.
Quando os senhor foi para Manaus, o senhor foi hostilizado no aeroporto por um grupo de petistas. O que aconteceu ali?
Um grupo de manifestantes do PT e PCdoB, que obviamente vieram para cima de mim porque estão perdendo a boca que os sustenta, e essas pessoas não têm nenhum escrúpulo, a não ser ganhar sem trabalhar e ganhar o dinheiro do povo. O PT quebrou o Brasil e os seus aliados comunistas, como era parte daquela gangue que me esperava no aeroporto. Eles, portanto, além de quebrar o Brasil, quebraram as empresas públicas e devastaram as contas públicas. Nós vamos ter muito trabalho e o presidente Michel Temer terá que ter muita competência e paciência para, juntos, recompormos o nosso país.
23 de maio de 2016
diário do poder
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