"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de abril de 2016

GOVERNO ESPERAVA UMA DIFERENÇA MENOR, MAS MANTÉM "OTIMISMO"



 O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidente, Jaques Wagner Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo/11-4-2016
Entusiasmo de Wagner era contagiante…













A derrota na Comissão do Impeachment era esperada pelo Palácio do Planalto, que aguardava, no entanto, um resultado melhor que o obtido nesta segunda-feira. Em entrevista à imprensa, o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, reconheceu que o governo esperava ter mais votos e que o placar final fosse de 36 a 29, uma diferença menor do que o resultado de 38 a 27. A pequena margem, contudo, foi considerada “razoável”, mas não negativa.
Segundo Wagner, o Planalto perdeu os votos do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), que ficou doente, e de mais um deputado do PSB.
Segundo o ministro, com essa faixa projetada para o plenário da Câmara, a expectativa é que a presidente consiga 213 votos, o que barraria o processo de impeachment.
A projeção realista do governo, no entanto, contabilizando traições de última hora, é que o Planalto obtenha entre 180 e 190 votos no domingo, uma margem apertada, já que são necessários 171 votos para tanto.
OFENSIVA
A presidente convocou seus principais assessores para uma reunião logo após a votação na comissão, para analisar o mapa dos votos.
Até a última hora, assessores e auxiliares presidenciais fizeram uma ofensiva por telefone a integrantes da comissão especial para tentar aumentar a margem de votos, o que não foi alcançado.
A votação final na Câmara, no plenário da Casa, deverá acontecer no próximo domingo (17). Para que o Senado seja autorizado a abrir o processo contra Dilma, e afastá-la do cargo, são necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados “”ou seja, dois terços do total (66,7%).
COMENTÁRIOS
No Congresso, a oposição viu o resultado como uma mostra de que a votação no domingo será pelo impechment. Já os governistas minizaram o resultado.
“Foi uma vitória clara. Temos certeza de que o apoio ao impeachment crescerá nos próximos dias”, afirmou o líder da minoria, deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
“Achei o resultado muito bom para os que defendem a democracia. É um indicativo de que é muito provável de que tenhamos vitória no plenário contra o golpe”, rebateu Henrique Fontana (PT-RS).
Responsável por fazer o relatório favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou que deixa o caso como “herói”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O otimismo do governo é tão falso quanto uma nota de três dólares. O clima é de desânimo. Segundo o Estadão, até agora 298 deputados já declararam publicamente que votarão a favor do impeachment e apenas 123 são contra, com 92 ainda em cima do muro. Dizer que o governo poderá ter 213 votos é um delírio total, candidatura à Piada do Ano. Significa que apenas um dos 92 indecisos votaria a favor do impeachment… Você acredita nisso? (C.N.)

12 de abril de 2016
Deu na Folha

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