"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de abril de 2016

PROPINA, PEÇA DE FICÇÃO

Colorado, EUA - O Edinho Silva – aquele que ganhou um cargo de ministro para não ser preso – mostrou-se indignado com a delação premiada do dono da Andrade Gutierrez. Otávio Marques de Azevedo contou à justiça que as campanhas de 2010 e 2014 da Dilma foram feitas com milhões de reais roubados da Petrobrás e das obras da hidrelétrica de Belo Monte. Edinho, homem de confiança da Dilma, de quem foi tesoureiro de campanha, disse que o depoimento do dono da construtora “é uma peça de ficção”. Isso mesmo, o chefão de uma das empreiteiras mais ricas do Brasil, inventou ao dizer que financiou a campanha em que ele, Edinho, era o tesoureiro. Ora, ora, não é a primeira vez que a Dilma e o Edinho são citados por delatores como beneficiários de propinas.

Edinho, porém, se defende como um sujeito acima de qualquer suspeita: “Não tem lastro na verdade”, diz o ministro da Comunicação Social enquanto ainda goza de fórum especial, já que seus dois comparsas José Vaccari Neto e Delúbio Soares foram condenados por formação de quadrilha. As declarações de Edinho são hilárias, mirabolantes, surreais, quando se sabe que passaram pelas suas mãos milhões de reais para a campanha da sua chefa. Para escapar das grades, quando as investigações bateram à sua porta, o Lula exigiu que a Dilma o nomeasse ministro. Ou seja, para ser ministro no governo da Dilma não se exige qualidade nem qualificação do candidato. O governo Dilma virou um depósito de delinqüentes recheado de ministros incompetentes. Se você duvida, veja o que está acontecendo com o PMDB: alguns ministros fisiológicos insistem em permanecer no cargo mesmo depois do partido ter chutado o pau da barraca.

Para defender a chefa, vale qualquer coisa. Vale, inclusive, que o ministro Edinho vocifere contra o STF e o Ministério Público, acusando-os de fazer divulgação seletiva para embananar o processo político. O tribunal está tão vulnerável que esse senhor, envolvido em falcatruas, também aproveita para tirar a sua casquinha e destilar ódio contra a Corte. Aliás, as declarações dele parecem não ofender o egrégio tribunal, que ainda mantém sob sigilo o depoimento do dono da Andrade Gutierrez. O ministro Teori é da tese que não se deve divulgar a delação do empresário por enquanto, ao contrário do que pensa o juiz Sergio Moro que, mais de uma vez, já disse que população tem o direito imperativo de conhecer detalhes do esquema que dilapidou o patrimônio do brasileiro. Em outras palavras, Moro quer dizer que não se deve acobertar bandidos sob pena de conivência com o crime.

Edinho, Lula e a Dilma, o trio que chegou ao poder assaltando os cofres públicos, ainda vão dar muito trabalho ao país. Escudados em fóruns especiais que lhe dão o direito de responder por seus crimes apenas no STF, o governo está usando o dinheiro do contribuinte para comprar parlamentares (R$ 400 mil para os ausentes e R$ 2 milhões para os que votarem contra o impeachment) e coagir testemunhas enquanto permanecem no poder. É uma vergonha saber que a presidente abriu as torneiras para comprar deputados e senadores venais que não fazem jus ao voto que tiveram nas suas bases. Alheios a esse balcão de negócios, a Justiça faz vista grossa, enquanto a nação está paralisada e a economia destroçada porque é um país administrado por uma esquizofrênica, como revelou a revista IstoÉ.

Mas ainda existe uma saída para o Brasil, uma luz, mesmo que tênue, no fim do túnel. O povo precisa ir mais às ruas, sair de casa. No mundo todo, as mudanças sociais só ocorreram com a sociedade organizada combatendo a corrupção e a injustiça social. Portanto, unam-se e se fortaleçam para derrubar essa corja que se instalou no país.


12 de abril de 2016
Jorge Oliveira

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