CORRUPTORES CHAMAVAM SENADOR DE 'ALCOÓLICO', ALUSÃO À BEBIDA
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há evidências do “pagamento de propina a Gim Argello pelas empreiteiras UTC Engenharia (R$ 5.000.000,00) e OAS (R$ 350.000,00)”. O ex-senador do PTB, próximo a presidente Dilma Rousseff e ao presidente do Senado, Renan Caheiros (PMDB-AL), foi preso nesta terça-feira, 12, Operação Vitoria de Pirro, 28ª etapa da Lava Jato.
Segundo o MPF, também estão sob investigação pedidos de propina dirigidos a outras empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras.
A força-tarefa da Lava Jato encontrou mensagens no telefone celular do executivo do Grupo OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, apreendido na 7ª Fase da Operação Lava Jato. Os investigadores acreditam que, entre as mensagens, há algumas relacionadas a Gim Argello.
“Em mensagem enviada em 14/05/2014 (data da instalação da CPI da Petrobras no Senado) a executivos do Grupo OAS, Léo Pinheiro solicita que seja feito pagamento no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) para a conta bancária de uma paróquia do Distrito Federal, apontando como centro de custo a “Obra da Renest” (referência à RNEST, refinaria da Petrobras)”.
Nas mensagens, segundo o Ministério Público Federal, o pagamento à paróquia é associado a pessoa de alcunha “Alcoólico”. “A identificação de ‘Alcoólico’ como sendo Gim Argello, num trocadilho com a bebida ‘Gim’, foi evidenciada em troca de mensagens de Léo Pinheiro com Otávio Marques de Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez, outra das empreiteiras envolvidas no pagamento de propinas a agentes da Petrobras", explica o MPF.
Os investigadores identificaram que Gim Argello é frequentador da paróquia e manteve contatos frequentes com executivos da OAS por meio de ligações e encontros pessoais no período de funcionamento da CPI da Petrobrás no Senado e da CPMI da Petrobras.
“O pagamento de R$ 350.000,00 à paróquia foi efetivamente realizado em 19/05/2014, como demonstram as mensagens posteriores no celular de Léo Pinheiro e as informações fiscais da Construtora OAS. Em contrapartida, não houve convocação de Léo Pinheiro para prestar depoimento nas referidas comissões parlamentares. Não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores”, diz a força-tarefa.
12 de abril de 2016
diário do poder
OAS PAGOU R$ 350 MIL À PARÓQUIA LIGADA À ‘ALCOÓLICO’, DIZ LAVA JATO (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO) |
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há evidências do “pagamento de propina a Gim Argello pelas empreiteiras UTC Engenharia (R$ 5.000.000,00) e OAS (R$ 350.000,00)”. O ex-senador do PTB, próximo a presidente Dilma Rousseff e ao presidente do Senado, Renan Caheiros (PMDB-AL), foi preso nesta terça-feira, 12, Operação Vitoria de Pirro, 28ª etapa da Lava Jato.
Segundo o MPF, também estão sob investigação pedidos de propina dirigidos a outras empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras.
A força-tarefa da Lava Jato encontrou mensagens no telefone celular do executivo do Grupo OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, apreendido na 7ª Fase da Operação Lava Jato. Os investigadores acreditam que, entre as mensagens, há algumas relacionadas a Gim Argello.
“Em mensagem enviada em 14/05/2014 (data da instalação da CPI da Petrobras no Senado) a executivos do Grupo OAS, Léo Pinheiro solicita que seja feito pagamento no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) para a conta bancária de uma paróquia do Distrito Federal, apontando como centro de custo a “Obra da Renest” (referência à RNEST, refinaria da Petrobras)”.
Nas mensagens, segundo o Ministério Público Federal, o pagamento à paróquia é associado a pessoa de alcunha “Alcoólico”. “A identificação de ‘Alcoólico’ como sendo Gim Argello, num trocadilho com a bebida ‘Gim’, foi evidenciada em troca de mensagens de Léo Pinheiro com Otávio Marques de Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez, outra das empreiteiras envolvidas no pagamento de propinas a agentes da Petrobras", explica o MPF.
Os investigadores identificaram que Gim Argello é frequentador da paróquia e manteve contatos frequentes com executivos da OAS por meio de ligações e encontros pessoais no período de funcionamento da CPI da Petrobrás no Senado e da CPMI da Petrobras.
“O pagamento de R$ 350.000,00 à paróquia foi efetivamente realizado em 19/05/2014, como demonstram as mensagens posteriores no celular de Léo Pinheiro e as informações fiscais da Construtora OAS. Em contrapartida, não houve convocação de Léo Pinheiro para prestar depoimento nas referidas comissões parlamentares. Não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores”, diz a força-tarefa.
12 de abril de 2016
diário do poder
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