"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 25 de março de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

O QUE OBAMA PODE FALAR PARA DILMA SOBRE MORO?



Pelo menos 284 políticos - uns 256 na ativa do Congresso Nacional - aparecem na Lista Negra da Lava Jato. 
Junto com a cúpula da Petelândia, dos peemedebostas e alguns tucanalhas enrustidos, eles formam a linha de frente de ataque espúrio a Sérgio Fernando Moro. 
O juiz da 13a Vara Federal em Curitiba ganha fama transnacional ao ocupar a 13a posição como principal liderança mundial apontada pela revista norte-americana Fortune.

Interessante foi o perfil traçado para a publicação pelo jornalista líbio Moisés Naim (colunista do jornal espanhol El País e especializado em América Latina. Ele definiu Moro como "um telegênico juiz federal, principal protagonista da edição brasileira, em vida real, dos Intocáveis. A Presidente Dilma Rousseff está sob risco de impeachment e a reputação do ex-presidente Lula está rasgada. E mais importante: a coexistência passiva com a longa endemia da corrupção na América Latina está se tornando um hábito do passado".

Tomara que a visão realista e otimista do jornalista líbio se concretize. Não há dúvidas de que o combate à corrupção no Brasil ganhou importância mundial. ]
É por isso que Dilma Rousseff precisa tomar muito cuidado na próxima quarta-feira, quando estará em Washington, nos Estados Unidos. 
Não vai pegar nada bem a Presidenta vender ao Barack Obama a mentira deslavada de que está sendo tramado um grande golpe para derrubá-la. 
A Casa Branca e os serviços de inteligência dos EUA sabem que a coisa está preta para Dilma e Lula na "Car Wash Operation".

O Tio Sam torce - e até dá uma inteligente ajudinha - para a Lava Jato deslanchar, impondo punições aos corruptos que aparecem em diversas listas negras das dezenas de operações da Lava Jato. 
O tempo está ruim para muita gente poderosa. A Páscoa será nervosa para quem se esconde atrás de apelidos canalhas e hilários encontrados na mafiosa listinha em poder do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior. 
São apelidos em pânico: Proximus, Passivo, Nervosinho, Atleta, Caranguejo, Escritor, Lindinho, Drácula, Avião, Viagra, Múmia, Feira e tantos outros mais ou menos votados.

Tirando o pavor de quem ainda está ocultado oficialmente por apelidos, o mais importante foi a comprovação de que a corrupção no Brasil é sistêmica e parte integrante das relações entre o Estado e as empresas privadas. 

Não foi surpresa que a Polícia Federal tenha encontrado um esquema informatizado de controle de pagamento de propinas (pixulecos ou acarajés), usando codinomes para esconder os reais beneficiários ilícitos dos recursos que vinham do superfaturamento e aditivação de contratos com a administração pública e empresas estatais.

Apesar da descoberta, a farra continua. O esquema foi atingido, mas não foi destruído e muito menos desmobilizado. A tendência é que ganhe ainda mais sofisticação para não ser descoberto em suas novas versões. Por isso, é preciso insistir na mudança da estrutura estatal brasileira. Nosso Capimunismo rentista só vai produzir corrupção, porque a sacanagem é a lógica do sistema. Combater a corrupção com os mecanismos atuais é o mesmo que enxugar gelo.

A solução é a Intervenção Cívica Constitucional. A partir do Poder Instituinte do Cidadão devem ser criados mecanismos de controle da sociedade sobre a máquina estatal. Transparência total tem de ser a lógica do novo modelo. A mesma tecnologia que permite controle informatizado de pagamento de propinas também viabiliza a livre publicação em rede social das informações sobre os negócios da administração pública. Tudo precisa ser fiscalizável por cidadãos-eleitores-contribuintes eleitos.

As soluções não são fáceis. Mexem com nossa cultura brasileira de passividade e sacanagem. Demandam ativismo e mobilização. Exigem amplo e exaustivo debate. Será necessário um amplo trabalho básico, estruturante, de planejamento estratégico, a fim de facilitar a participação da maioria das pessoas que pagam impostos ou se beneficiam deles. Aliás, a simplificação tributária, com a redução drástica do tamanho da máquina estatal, é o maior desafio no País em que o sonho dourado é conquistar a estabilidade de um emprego no setor público.

Felizmente, as pessoas comuns começam a constatar, da forma mais dura possível, que a corrupção é uma consequência de um modelo estatal injusto, falido e extremamente canalha. 

Em tempos de carestia, salários defasados, desemprego, inflação e recessão, com economia em ritmo de colapso, a maioria dos brasileiros começa a exigir mudanças. 
Já ficou claro que quem não muda dança... Por isso, a Revolução Brasileira, já em andamento, ganha força e vigor.

O duro é ver o desgoverno do crime organizado reclamar de golpes, quando é o maior promotor do golpismo.
 
Obama vai rir da cara da Dilma se ela encenar para ele o mentiroso teatrinho do golpe. E ainda vai perguntar pelo "cara"... Será que a Dilma vai aproveitar a ocasião para reclamar com Obama daqueles "grampos" que a NSA teria feito contra ela, anos atrás?

Como Moro, 13a principal liderança mundial apontada pela Fortune, pode ser sacaneado por 13 senadores?

Prontos para tudo





Responda esta, Dilminha...





Anus golpista





Lula verdadeiro






Plano de fuga?







Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!



25 de março de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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