A farsa de manter a relação mais fértil possível, entre a Presidenta de mentira Dilma Rousseff e o vice decorativo Michel Temer atende a um único objetivo: sinalizar que não interessa ao PMDB uma declaração aberta de guerra com o PT, na provável eventualidade de Temer assumir o Palácio do Planalto, com o impeachment ou uma saída da Dilma por renúncia estratégica - para atender aos interesses de Luiz Inácio Lula da Silva. A separação menos tensa entre os partidos aliados é para evitar o risco de uma escancarada ruptura institucional que pode abrir caminho para uma Intervenção Constitucional.
A farsa é inacreditável. Depois da reunião com Dilma, Temer posou de bonzinho: "Combinamos, eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível". Dilma até mandou a assessoria soltar uma notinha oficial por escrito, com declaração dela: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País". Ninguém, em sã consciência, consegue acreditar nas intenções verdadeiras contidas nas meras palavras do casal presidencial em escancarado litígio.
A carta dura de Temer, que Dilma deixou vazar, seguida da farsa de uma tentativa de recomposição no dia seguinte, é um sinal de que a conspiração para arrancar Dilma do poder ou forçá-la a sair ainda não está tão bem arranjada nos bastidores. O desgaste da Presidenta, sem previsão concreta de reversão, é um agravante da conjuntura. Existe um consenso na traidora base aliada de que uma saída de Dilma seria o ideal para redesenhar os esquemas afetados pelo desgoverno e pelas denúncias de corrupção que pipocam por todos os lados e tendem a se agravar nos desdobramentos de delações premiadas nas operações da Lava Jato. O problema é quando e como Dilma deve sair.
A novela do impeachment pode ampliar um desgaste de impopularidade e aumentar a revolta da opinião pública - o que não interessa aos políticos que preferem deixar tudo como sempre esteve. O temor é que protestos nas ruas, como os programados para domingo (dia 13, 13 horas, contra os 13 e demais comparsas), ganhem dimensão gigantesca e saiam do controle. Por isso, as lideranças do Congresso Nacional, sobretudo do lado governista, querem acelerar a decisão sobre o impedimento da Dilma (seja para ele acontecer ou não). O prolongamento de uma agonia, varando as festas de fim de ano e culminando com o começo do ano eleitoral de 2016, não interessa a eles.
Impeachment de Dilma pouco resolve. Trocá-la por Michel Temer é mais do mesmo. Ainda não dá para ter certeza se a saída dela vale como um prêmio de consolação. A permanência do PMDB no poder, com mais força ainda da caneta presidencial, é a ampliação da tragédia institucional brasileira. Neste sentido, a continuidade dos condutores da velha Nova República de 1985 é um grandioso e efetivo "golpe" contra o Brasil. A chance de algo de bom acontecer é se, na troca de comando presidencial entre PT e PMDB, não houver um acordo de paz. Caso seja deflagrada uma guerra - o que seria a normal reação imediata dos petistas temerosos de problemas judiciais se perderem os cargos poderosos -, o conflito pode gerar a ruptura institucional que serviria de pré-condição efetiva para a deflagração de mudanças efetivas pela pressão da cidadania organizada.
Infelizmente, a tendência para a crise é de um mega-acordão, pela via do conchavo, para que o Brasil fique do mesmo jeito, apenas com a saída (forçada ou nem tão espontânea) da Dilma. O desgoverno do crime organizado tentará uma nova conciliação. Este foi o recado simbólico da encenação de ontem entre Dilma e Temer. PT e PMDB têm muito a perder se a guerra sair do controle. Na regra do jogo atual, "vitória na guerra" pode representar uma derrota para ambos os lados e demais comparsas na ocupação e aparelhamento do Estado Capimunista Rentista tupiniquim.
A novelinha do impeachment vai longe - ao contrário do que deseja a turma da Dilma. O ministro Edson Fachin já avisou ontem que o Supremo Tribunal Federal será o guardião do procedimento de impedimento, propondo um rito do começo ao final do eventual processo. Já se cantou a bola que, na sessão da próxima quarta-feira, no STF, algum ministro pedirá vista do processo que paralisou o rito do impeachment na Câmara. Assim, alguma solução só será dada lá para fevereiro, depois do recesso do Judiciário. Para alegria dos parlamentares, em função disto, eles também poderão fazer o tradicional recesso - ameaçado pele pressa do governo em resolver o irresolvível...
Apesar da tentativa de "conciliação", o clima é de radicalização. O PT tem seus "exércitos" do MST, CUT e afins prontos para a batalha. O ensaio já é praticado em São Paulo no movimento dos estudantes contra a reforma escolar do governador Geraldo Alckmin. Os atos públicos, com violência explícita, foram aparelhados pelos tais "movimentos sociais". Este é o recado simbólico dado pela petelândia, diante do conflito apaziguado entre Dilma e seu "Amigo da Onça".
Como sempre, as Forças Armadas, amadas ou não pela classe política, acompanham tudo, como sempre... A tropa já está treinando na guerra ao mosquito da Dengue... Por isso, o lema geral é: "Abaixo a Picadura"... Mais pornográfico que isto só o desgoverno nazicomunopetralha...
11 de dezembro de 2015
Jorge Serrão
A farsa é inacreditável. Depois da reunião com Dilma, Temer posou de bonzinho: "Combinamos, eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível". Dilma até mandou a assessoria soltar uma notinha oficial por escrito, com declaração dela: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País". Ninguém, em sã consciência, consegue acreditar nas intenções verdadeiras contidas nas meras palavras do casal presidencial em escancarado litígio.
A carta dura de Temer, que Dilma deixou vazar, seguida da farsa de uma tentativa de recomposição no dia seguinte, é um sinal de que a conspiração para arrancar Dilma do poder ou forçá-la a sair ainda não está tão bem arranjada nos bastidores. O desgaste da Presidenta, sem previsão concreta de reversão, é um agravante da conjuntura. Existe um consenso na traidora base aliada de que uma saída de Dilma seria o ideal para redesenhar os esquemas afetados pelo desgoverno e pelas denúncias de corrupção que pipocam por todos os lados e tendem a se agravar nos desdobramentos de delações premiadas nas operações da Lava Jato. O problema é quando e como Dilma deve sair.
A novela do impeachment pode ampliar um desgaste de impopularidade e aumentar a revolta da opinião pública - o que não interessa aos políticos que preferem deixar tudo como sempre esteve. O temor é que protestos nas ruas, como os programados para domingo (dia 13, 13 horas, contra os 13 e demais comparsas), ganhem dimensão gigantesca e saiam do controle. Por isso, as lideranças do Congresso Nacional, sobretudo do lado governista, querem acelerar a decisão sobre o impedimento da Dilma (seja para ele acontecer ou não). O prolongamento de uma agonia, varando as festas de fim de ano e culminando com o começo do ano eleitoral de 2016, não interessa a eles.
Impeachment de Dilma pouco resolve. Trocá-la por Michel Temer é mais do mesmo. Ainda não dá para ter certeza se a saída dela vale como um prêmio de consolação. A permanência do PMDB no poder, com mais força ainda da caneta presidencial, é a ampliação da tragédia institucional brasileira. Neste sentido, a continuidade dos condutores da velha Nova República de 1985 é um grandioso e efetivo "golpe" contra o Brasil. A chance de algo de bom acontecer é se, na troca de comando presidencial entre PT e PMDB, não houver um acordo de paz. Caso seja deflagrada uma guerra - o que seria a normal reação imediata dos petistas temerosos de problemas judiciais se perderem os cargos poderosos -, o conflito pode gerar a ruptura institucional que serviria de pré-condição efetiva para a deflagração de mudanças efetivas pela pressão da cidadania organizada.
Infelizmente, a tendência para a crise é de um mega-acordão, pela via do conchavo, para que o Brasil fique do mesmo jeito, apenas com a saída (forçada ou nem tão espontânea) da Dilma. O desgoverno do crime organizado tentará uma nova conciliação. Este foi o recado simbólico da encenação de ontem entre Dilma e Temer. PT e PMDB têm muito a perder se a guerra sair do controle. Na regra do jogo atual, "vitória na guerra" pode representar uma derrota para ambos os lados e demais comparsas na ocupação e aparelhamento do Estado Capimunista Rentista tupiniquim.
A novelinha do impeachment vai longe - ao contrário do que deseja a turma da Dilma. O ministro Edson Fachin já avisou ontem que o Supremo Tribunal Federal será o guardião do procedimento de impedimento, propondo um rito do começo ao final do eventual processo. Já se cantou a bola que, na sessão da próxima quarta-feira, no STF, algum ministro pedirá vista do processo que paralisou o rito do impeachment na Câmara. Assim, alguma solução só será dada lá para fevereiro, depois do recesso do Judiciário. Para alegria dos parlamentares, em função disto, eles também poderão fazer o tradicional recesso - ameaçado pele pressa do governo em resolver o irresolvível...
Apesar da tentativa de "conciliação", o clima é de radicalização. O PT tem seus "exércitos" do MST, CUT e afins prontos para a batalha. O ensaio já é praticado em São Paulo no movimento dos estudantes contra a reforma escolar do governador Geraldo Alckmin. Os atos públicos, com violência explícita, foram aparelhados pelos tais "movimentos sociais". Este é o recado simbólico dado pela petelândia, diante do conflito apaziguado entre Dilma e seu "Amigo da Onça".
Como sempre, as Forças Armadas, amadas ou não pela classe política, acompanham tudo, como sempre... A tropa já está treinando na guerra ao mosquito da Dengue... Por isso, o lema geral é: "Abaixo a Picadura"... Mais pornográfico que isto só o desgoverno nazicomunopetralha...
11 de dezembro de 2015
Jorge Serrão
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