"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

EM FALA ARREBATADORA, MIRO DIZ QUE SENADO NÃO PODE ARQUIVAR IMPEACHMENT

EM DEFESA DA CÂMARA, ELE ANTEVÊ 'PRESIDENCIALISMO ABSOLUTISTA'

DEPUTADO FALOU EM NOME DA CÂMARA, MAS CRITICOU EDUARDO CUNHA

Ao falar em nome da Câmara, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), decado da Câmara dos Deputados, defendeu nesta quarta-feira, 16, no Supremo Tribunal Federal (STF), o voto secreto para a eleição da comissão especial que irá analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o deputado, que também é advogado, o Senado também não pode arquivar um processo de impeachment que tenha sido acatado pela Câmara. Seu discurso foi considerado "arrebatador".

O deputado deixou claro no plenário do Supremo que não endossa o pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas reiterou a legitimidade da instauração do processo e descartou a possibilidade de defesa prévia de Dilma.

"Se isso acontecer, o cidadão brasileiro precisará ser avisado de que se instituiu no Brasil o presidencialismo absolutista", argumentou Teixeira.

O deputado considerou que será preciso fazer 'mea culpa' ao ex-presidente Fernando Collor, por causa do rito de impeachment adotado em 1992, caso outro entendimento seja adotado. "A lei é clara em garantir a ampla defesa no momento oportuno. Mas é preciso defender a mesma lei que valeu para o Collor", disse.

Teixeira não poupou críticas ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, lembrou da devassa que ele sofreu ontem em mais uma fase da Operação Lava Jato e também mencionou a briga entre parlamentares que aconteceu na semana passada, durante sessão do Conselho de Ética que analisa o pedido de processo conta o peemedebista. Apesar disso, Teixeira defendeu que esses detalhes não comprometem a instauração do processo pela Câmara e não devem atrapalhar no julgamento dos ministros ao definir o rito do impeachment.

"Não nos é confortável saber de tudo isso, e seguramente vossas excelências sabem disso. Mas nós entendemos que é daquela instituição que saíram as leis que permitem o Brasil democrático, permitem tornar todos os cidadãos iguais perante a lei."



16 de dezembro de 2015
diário do poder

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