"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ESTÁ FALTANDO DEBATER O PARLAMENTARISMO, UMA SOLUÇÃO VIÁVEL


A presidente Dilma Rousseff está adotando uma espécie de falso parlamentarismo. Mas não é dessa maneira que o parlamentarismo tem que ser implementado, nem muito menos do jeito que foi em 1961.
É, sem dúvida, muito melhor do que esse horroroso presidencialismo de cooptação ou, melhor dizendo, presidencialismo de corrupção, que só pode dar certo se o presidente da República for um ser praticamente perfeito, isto é, integro, competente e com habilidade política, em suma, alguém praticamente impossível de aparecer, com certeza uma chance de menos de 1 para 1.000.000.
Há uma certa esperança quando, por exemplo, José Serra declara que poderia dar apoio a um eventual governo do Temer, desde que haja um compromisso de se implantar um parlamentarismo de fato e de direito já a partir de 2018.Até mesmo porque, apesar do Aécio Neves não ter citado isso em nenhum momento da campanha e do FHC não ter tido interesse no seu mandato, o regime parlamentarista faz parte do programa do PSDB.
PAPEL DO PRESIDENTE
Importantes detalhes teriam que ser travados. Qual seria o papel do futuro Presidente, por exemplo? Praticamente decorativo, como na Alemanha, ou com muito poder, como na França? Aliás, se for para ser decorativo, é o caso até mesmo em se pensar na volta da monarquia.
Tudo isso desta vez teria que ser feito de maneira diferente do que em 1961. Primeiro, implanta-se o novo regime e depois de um tempo, já com um governo com certeza muito melhor do que o atual, aí sim se faria o referendo para sacramentar o novo regime, muito mais saudável, flexível e democrático do que o atual presidencialismo.

05 de outubro de 2015
Willy Sandoval

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