Contagem regressiva para o Governo do Crime?
Dilma Rousseff não perdeu apenas massa corporal nos últimos dias ou meses. A credibilidade e a mínima capacidade moral dela para governar já foram completamente perdidas. No momento em que os desgovernos da Argentina e da Venezuela aceleram o próprio fim, Dilma fica mais tensa e tudo indica que comece a somatizar a tensão pela pressão popular que vai lhe ser politicamente fatal. O povo já sem paciência vai às ruas no dia 15 de março, e a nazocomunopetralhada só poderá reagir com as desgastadas mentiras de sempre.
A legítima pressão das ruas não vai afetar apenas a Presidenta que não demonstra competência para ser Presidente. Mexerá também com toda a classe política, claramente identificada como a maior beneficiária direta da organização institucionalizada do crime no Brasil. A massa nas ruas vai alfinetar, principalmente, a parte do judiciário que não colabora para o fim da impunidade. Cobrará serviço da facção do ministério público que se omite e ajuda a fabricar a pizza. A manifestação pública vai exaltar quem cumpre o dever de enfrentar o sistema corrupto. Bons exemplos do juiz Sérgio Moro e dos policiais federais e promotores que atuam na força tarefa da Lava Jato.
As Forças Armadas também receberão um sacode do povão, que não cobra delas os tradicionais "golpes de Estado" na História do Brasil. A cobrança é moral: por uma manifestação pública, politicamente explícita e não apenas no cafezinho e reuniões dos quartéis, dos Generais em favor das mudanças. Desta vez, os militares não precisam tomar o poder. Mas têm o dever moral de sustentar quem vai agir para mudar o que ninguém honesto mais aguenta. Por isso, não cabem covardia e muito menos omissão no atual momento de impasse institucional por que passa o Brasil.
A contagem regressiva para a governança do crime institucionalizado só vai começar, efetivamente, quando todos tiverem clareza de que o modelo brasileiro (político e econômico) precisa ser mudado. Pouco ou nada resolverá tirar a Presidenta via impeachment, e colocar no lugar dela algum personagem que dará sequência aos mesmos esquemas de aparelhamento estatal para fins corruptos. Ainda é cedo para constatar que a sociedade começa a acordar no caminho correto do que precisa ser feito para o aprimoramento do Brasil. Mas a vontade pública e manifesta de que é preciso mudar já é um grande avanço em um País que insiste em viver na vanguarda do atraso.
Neste momento, as Elites Morais precisam ressurgir das cinzas e colaborar, com ideias e ações concretas, para que o Brasil possa tirar proveito desta grande mobilização em rede, em um fluxo interativo de convivência social que promova o Bem Comum e incentive quem estuda, trabalha e produz a progredir de verdade.
É necessário que duas coisas fiquem bem claras. Primeiro, que a mobilização popular não resolverá tudo em um passe de mágica. Segundo, que haverá profunda reação contra as manifestações. O poder corrupto, há muito tempo em hegemonia, não deseja mudanças. Assim, um confronto será inevitável.
Serão necessárias muita coragem, persistência e inteligência para aguentar o tranco...
Dieta forçada
Acordando...
Do sempre genial médico Humberto de Luna Freire Filho, curto e grosso:
"O novo Ministro da Fazenda é engenheiro naval. Nossa economia não vai afundar”.
Polêmicas do Barroso
Três declarações polêmicas do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em recente entrevista à revista Época:
"Pode parecer pouco, mas o Brasil sempre foi historicamente o país do golpe de Estado, da quartelada, da quebra da legalidade constitucional. E nessa matéria nós superamos todos os círculos do atraso. Já vivemos há 30 anos com estabilidade institucional – apesar de muitas crises, desde a destituição de um presidente da República até o abalo representado pela Ação Penal 470 (o mensalão)".
"No longo prazo, são as instituições que contam. São elas que mantêm o estado de direito. A política se move por objetivos de curto prazo; a economia, muitas vezes, também. As instituições, no presente, somos nós todos. O Brasil tem progredido muito do ponto de vista institucional. Há muitas coisas a mudar, mas há coisas boas a celebrar".
"Não tenho nenhuma dúvida. Os Poderes da República vivem um momento de especial equilíbrio. No Executivo, a presidente foi eleita democraticamente, e nós já não vivemos no Brasil aquela tradição de hegemonia autoritária do Executivo. O Legislativo vive uma certa afirmação de autonomia. O Judiciário deixou de ser aquela torre de marfim inacessível. Passou a ser um bom garantidor de direitos individuais e de proteção às instituições. Existem disputas pontuais, mas isso existe em todas as democracias".
"Acho que o Brasil está se passando a limpo. Quando eu falo de ética, me refiro tanto à ética pública quanto à privada. É preciso chamar a atenção para a existência de uma certa moral dupla, em que as pessoas exigem o que nem sempre estão dispostas a dar. A mudança ética no Brasil tem de ser pública e privada".
"É inegável que temos avançado na depuração ética. Às vezes não na velocidade que a gente gostaria, mas na direção certa. Vou dar um bom exemplo. Quando a apuração da Ação Penal 470 começou, em 2005, havia um grande ceticismo. Ninguém achava que aquilo fosse dar em coisa alguma. A verdade é que resultou em penas relevantes de prisão para mais de duas dezenas de pessoas, entre políticos importantes e empresários importantes. Portanto, só isso já foi uma mudança de patamar no país".
Confira a íntegra da entrevista do Barroso em: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/02/bluis-roberto-barrosob-o-brasil-esta-se-passando-limpo.html
Derrubando
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) vai apresentar um Decreto Legislativo que derruba a Instrução Normativa aprovada com rapidez impressionante pelo Tribunal de Contas da União, para transformar o TCU em avalista dos acordos de leniência que o governo pretende fazer, via Controladoria-Geral da União, com as empreiteiras do Petrolão.
Se assinados, tais acordos cumpririam o objetivo tático de livrar o ex-presidente Lula e a presidente Dilma de responsabilização no escândalo porque as empreiteiras não serão obrigadas a contar tudo o que sabem.
Menino do Foro
Viraliza a imagem de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça que já deveria ter renunciado por ter recebido advogados de empreiteiros presos, discursando no Foro de São Paulo - radicaloide entidade articuladora do plano revolucionário das esquerdas na América Latina.
Recrutando
Release que vem atraindo a ira de muitos nacionalistas tupiniquins:
O Departamento de Estado dos EUA, por meio do Atlas Corps – uma rede internacional de líderes sem fins lucrativos -, tem o prazer de anunciar oportunidades para líderes emergentes da sociedade civil para obter bolsas de estudos de 6 a 18 meses nos Estados Unidos.
Interessados em se candidatar devem ter de 2 a 10 anos de experiência trabalhando em alguma ONG, nível universitário, até 35 anos de idade e fluência na língua inglesa. As inscrições para o primeiro ciclo deste ano estão abertas até 15 de março de 2015.
Os bolsistas selecionados serão inseridos em uma organização renomada na área social nos Estados Unidos.
Tudo pago
Despesas com passagem área, visto de entrada nos EUA, seguro saúde, alimentação, transporte local e acomodação partilhada serão totalmente custeadas. Informações sobre o programa e como se candidatar estão disponíveis no site:http://apply.atlascorps.org.
A missão do Atlas Corps é treinar líderes de ONGs em áreas sociais, promover fortalecimento das organizações e inovação.
Os selecionados poderão desenvolver suas habilidades de liderança, aprender as melhores práticas no campo de organizações sem fins lucrativos e terão oportunidades de networking com companheiros de todo o mundo.
Depoimentos do Paulinho
Áudio completo do depoimento de Paulo Roberto Costa, em três partes:
Nada como a boa dose cavalar de transparência para combater a impunidade no Brasil...
Jura que fechou a boca?
Assim não vale...
23 de fevereiro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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