"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO


CASO DE POLÍCIA

Nesse últimos 12 anos a Petrobrás ficou nas últimas. A roubalheira por lá foi uma coisa nunca antes vista na história desse país. E quem, nesse tempo todo mandou, desmandou, faz e desfaz, manda e desmanda em tudo que acontece lá dentro da Petrozona?

Deixem que eu mesmo respondo: Lula, como presidente da República e Dilma Vana como presidente do Conselho de Administração e da República também.

E então, isso quer dizer alguma coisa pra vocês? Pois, para a Lava-Jato, isso quer dizer tudo no Petrolão. Por enquanto, só no Petrolão. A Petrobrás não é coisa para CPI nenhuma; é caso de polícia.


BELCHIOR NA CAIXA

Miriam Belchior, quase ex-viúva de Celso Daniel, foi oficializada na chefia da Caixa Econômica Federal. É ex-quase viúva porque, quando ele sumiu do mapa da mina, ela acabara de se divorciar dele. De qualquer maneira, como toda mudança por melhor que seja tem sempre o seu lado bem pior, venha pra Caixa você também.

"QUEM COM PORCOS SE MISTURA, FARELO COME"

O deputado baiano, Zé Carlos Aleluia, chutou o pau da barraca neste fim de semana e disse que o Ministério Público já deveria ter pedido a prisão de Lula.

Para ele, Lula está atrapalhando as investigações da Lava-Jato. E Aleluia foi fundo: "Quem com porcos se mistura, farelo come. E Lula criou um chiqueiro na Petrobrás".

Ele acha que por isso, "não tem cabimento estarem soltos Renato Duque, João Vaccari Neto e o próprio Lula. Eles estão atrapalhando a investigação".

Aleluia está equivocado. Senão de todo, pelos em um ponto: o chiqueiro se espalhou por todas os cofres de órgãos públicos desse país. O difícil é saber qual a maior pocilga.

TROTE UNIVERSITÁRIO

Nenhuma euforia será tanta e nem tão grande a ponto de jogar no lixo a dignidade de quem quer que seja.

Nos idos de 70 passei no vestibular da então Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Pelotas. Tinha já os meus bons 30 anos, era casado, pai de três filhos e já vinha cometendo jornalismo há muito tempo.



Fiquei entre os primeiros 40 colocados dentre os 100 candidatos, graças a minha tática infalível para superar provas escritas de qualquer natureza: 40% de estudo, 30% de sorte e 30% de cola.

Hoje, eu já não iria para uma prova com essa estratégia. Seriam 40% de estudo e 60% de sorte.

Não, por mais que eu tenha fastio por estudar convencionalmente, eu hoje não colaria, por essa luz que nos ilumina!

Mas isso até aqui é só perfumaria para atirar pedra nessa coisa primitiva, animalesca, deprimente e sem noção que é o trote de calouros.

Naquele tempo o trote universitário era uma coisa bem mais light, bem mais suave. E até mais inteligente. Tão inteligente quanto idiota e humilhante. Trote sempre foi besteira. Bolas, há milhares de calouros a cada semestre; há muito a comemorar, mas nada que possa extrapolar o respeito e a dignidade humana. Faculdade não é quartel; lá sim, antiguidade é posto.



E então, para não perder o fio da meada, relembro aqui que o primeiro dia de aula da nossa turma seria no Campus do Capão do Leão, cidade-satélite, hoje emancipada, distante uns poucos quilômetros do centro da cidade de Pelotas.

Havia ônibus da Faculdade para levar e trazer os estudantes, professores, funcionários. Entrei no ônibus. Quando escolhi um lugar para sentar, dentre os tantos vagos que havia naquele coletivo, um grandalhão me disse em tom de quem me dava uma ordem:

- Você não pode sentar aí.

- Oi, bom-dia; por que não?

- Esse lugar é meu.

- Por que esse lugar é seu?

- Por que você é calouro e eu sou veterano.

- Ah tá, desculpe. Então eu vou sentar... aqui mesmo.

E me acomodei serena e confortavelmente no lugar que havia escolhido por que estava vazio quando eu entrei no carro. O grandalhão não me tocou, mas me condenou ao que seria um desterro na Faculdade. Foi a minha primeira questão de direito no Direito.

- Você vai ser isolado; ninguém vai falar com você aqui - murmurou ameaçador o veterano.

- Tá bom. Pra mim isso não muda nada, eu não vim mesmo aqui para falar com vocês. Obrigado, isso era tudo que eu mais queria ouvir.

E ficou nisso. O tempo correu. Cursei Direito quase três anos. Depois de cinco semestres, optei pelo jornalismo. E foi então que, sem saber, estava fazendo meus votos de pobreza.

Antes de deixar a faculdade, fui atacante de um dos melhores times de futebol da Faculdade de Direito. Nesse time, sim, não escolhi o lugar para jogar; eles me escalaram na ponta-de-lança.

Quer dizer, o trote daquele veterano foi trote. Um trote. "Uma farsa" - como diria hoje qualquer mensaleiro. Nunca o levei a sério. E pelas amizades que fiz e que ganhei por lá, ninguém levava o tal de trote a sério.

Melhores, muito melhores que o trote, eram os embalos de sábado à noite, na Boate do Centro Acadêmico. Quanta amizade; quanta conversa jogada fora; quantas e quantas... Bolas fora. A turma me contava, às segundas-feiras, antes das aulas. Pois é.

RODAPÉ - Hoje, submete-se às humilhações, ofensas, brutalidades só quem quer passar por isso. Nenhuma euforia será tanta e nem tão grande a ponto de jogar no lixo a dignidade de quem quer que seja. Nenhum curso de nenhuma universidade valerá tanto quanto a desgraça de uma morte por intoxicação, um acidente irreparável, o estupro isolado ou coletivo de qualquer calouro. Entra nessa, quem quer. Em caso de abuso, basta chamar a polícia.

ENQUANTO NÃO SE GOVERNA,

CRIA-SE MAIS UM PARTIDO


Dilma Vana-2 pode até não ter movido uma palha pelo país neste governo seminovo de ideias de segunda-mão, tanto é que lá se vai o segundo mês e só o que ela faz é mexer e remexer em ministérios que já eram seus e quebrar a cabeça para distribuir mais de 110 mil cargos sem concurso para cabos-eleitorais nascidos nos partidos sócios do PT.



Lá se vai o segundo mês de 2015 e para Dilma Vana-2 o ano ainda não começou.

Não moveu uma palha até aí, porque já mexe os pauzinhos para diminuir a influência do PMDB que, nesses últimos anos, manda tanto ou mais que o PT.

O deputado Ricardo Izar, do PSD de São Paulo, já entregou mais de 50 mil assinaturas que servirão de base para a formação do novo PL, Partido Liberal.

A sigla é mais uma cria espúria de Gilberto Kassab que não é casado e não tem filhos, mas para desgosto de Marta Suplicy é um exímio inventor de partidos de médio porte, fortes o bastante para incomodar alguns e acomodar a ele próprio.

Então, licencinha gauchada, vou falar como se diz por aí: É aí que me refiro. Dilma entra em ação por baixo dos panos, como articuladora da jogada que tem por finalidade esvaziar, diminuir e até, se der no jeito, substituir o PMDB.

Nos planos de 20 anos de poder do PT, Kassab, hoje ministro das Cidades de Dilma-2 seria, em 2018, candidato a vice-presidente da República dos Calamares. O moçoilo não prega prego sem estopa.

PT NÃO GANHA EM 2018

Do jeito que a coisa vai, em 2018 o PT não vai ganhar a eleição para a Presidência da República. A oposição é que vai perder mais uma vez.

PELA MORTE DO BANDIDO

CONTRA A PENA DE MORTE

Você é favor, ou contra a pena de morte? Seja lá o que você pense a respeito, eu respeito. Eu sou a favor da morte do bandido, mas decididamente contra a pena de morte.

Parece até que não bato bem da cabeça. Mas, bato sim

Seguinte, minhas querida e meus queridos, companheiras boas e companheiros batutas: quando sou a favor da morte do bandido, me deixo contaminar pela maldade que esses criminosos repassam aos homens de boa índole quando cometem um barbarismo.

Sou, então, tomado pelo ódio, pela irracionalidade e pelo sentimento de vingança: quero que aconteça com ele - nem que eu próprio tenha que fazer isso - a mesma desgraça que ele provocou.

Fico assim, mas não por muito tempo, meio bárbaro, meio abominável, meio Talião na base do olho por olho, dente por dente. Então aí você já percebe porque sou a favor da morte do bandido.

Seja lá o que você pense a respeito, eu respeito. Sou contra a pena de morte, por uma razão muito simples: não tenho em quem confiar o poder de decidir sobre a vida e a morte dos outros.

E nem preciso ir muito longe para buscar minha convicção sobre a pena de morte institucionalizada. Basta que eu me pergunte: aqui no Brasil, quem decidiria a morte de alguém: o presidente do Senado, Renan Calheiros; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha; o presidente do Supremo Tribunal do Governo Federal, Ricardo Lewandoski e sua corte; o governador do seu Estado; o prefeito da sua cidade; o criador da criatura; a president@ da República, Dilma Vana-2 e seu guru midiático João Santana?!?

Peralá, deu pra mim. Paro por aqui. É só por isso que sou pela morte do bandido e contra a pena de morte. Seja lá o que você pense a respeito, eu respeito.

DONO DA UTC QUER CONTAR TUDO, MAS...

Mais uma vez encanado na Vara do juiz Sérgio Moro, em Curitiba, o empreiteiro mais íntimo de Lula, Ricardo Pessoa, dono da UTC enrolada até os tubos no bunga-bunga da Petrobrás, quer contar tudo que sabe, mas o governo não deixa.

Pelo menos o governo está fazendo das tripas coração para que ele não dê com a língua nos dentes.



Verdade é que ele já deixou vazar que o esquema começou em 2003 - segundo ano do primeiro governo Lula - operado por Delúbio Soares.

Vazou também que ele bancou despesas de Zé Dirceu e que, só no ano passado, despejou a módica quantia de R$ 30 milhões de propina para dentro do PT.

Entrementes, Zé Dudu Cardozo, o mais inoperante e desastrado ministro da Justiça do governo, faz de tudo e mais um pouco para evitar que Ricardo Pessoa e genéricos celebrem com a Lava-Jato acordos de delação premiada.

RODAPÉ - Essa cretinice de usarem o Ministério da Justiça para melar a Lava-Jato é o sinal mais evidente e desesperado que políticos, governantes e seus cúmplices morrem de medo do que a lei pode fazer contra eles - gente acostumada a usar a lei a seu favor. Como só os políticos têm direito a foro privilegiado, só eles cairão nas graças do STF, a Corte de Lewandowski. Com os empreiteiros e dirigentes da Petrobrás o ar é outro: todos cairão na Vara do juiz Sérgio Moro.

A CPI DO PETROLÃO

A CPI do Petrolão está mesmo disposta a enrolar e retardar a Operação Lava-Jato. Vai chamar para depôr, Sérgio Machado ex-presidente da Transpetro e o s ex-dirigentes da Petrobrás Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

Serão chamados no apito também Sérgio Gabrielli, Graça Poster e Aldemir Bendine, todos com a faixa de presidente da estatal. Quem também deve ser convocado para falar o que vai dizer que não sabe é Zé Dirceu que está com o pé que é um leque para ir morar no exterior. Antonio Palocci também vai sentar na cadeira dos depoentes em mais esta CPI. Ele é tido e havido como o operador que se ligava com os executivos da Toyo Setal com o PT.

Para o tucanato entusiasmado com essa nova chance de fustigar o governo, já está tudo muito claro: amigos íntimos a mais não poder de Lula, Zé Dirceu e Antonio Palocci aparecem como cabeças do esquema que afundou a Petrobrás. O tesoureiro do PT, João Vaccacri Neto, é apontado como o chefe do bloco operacional da roubalheira toda.

Quer dizer, esta CPI tem tudo, como todas as outras, para não dar em nada. E tem, mais ainda, tem tudo para atrapalhar a celeridade da Operação Lava-Jato. O Petrolão não é coisa para CPI nenhuma; é caso de Polícia.

SEM TEMPO PARA GOVERNAR

Dilma-2 não tem tempo para mais nada. Ela está atarantada com tanto pedido da base aliada para conquistar as bocas-ricas que estão na bolsa do segundo escalão do governo. São cabides de emprego que chegam a ter salários de R$ 30 mil por mês, fora o alho. Não é nada, não é nada, ela tem mais de 110 mil vagas para preencher do jeito que bem lhe der nas telha. Cá pra nós, é trabalho demais para uma president@. Tão cedo ela não vai ter tempo para começar a governar

PIRRAÇA FATAL


A pirraça de Dilma-2 para com o embaixador da Indonésia, tome nota, vai acelerar o fuzilamento do outro traficante brasileiro, Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte, lá em Jacarta.

A falta de tato de Dilma-2 teve um objetivo: desviar a atenção da mídia da série de escândalos que abalam o seu governo. Sua insensibilidade não teve limites.



E a gente explica o factoide: Dilma-2 definiu para sexta-feira a entrega solene de credenciais a cinco embaixadores.

Na quinta-feira, o Itamaraty editou os convites de cada um deles, inclusive para Toto Riyanto, da Indonésia.

Dilma-2 não teve dó nem piedade, deu as costas ao diplomata da Indonésia que passou a vergonha de ser avisado que fora excluído da lista só depois que já estava no Palácio.

E assim é que as já remotas possibilidades de livrar Rodrigo Gularte da execução, foram pras cucuias. A manobra marqueteira de Dilma-2 no episódio de humilhação ao diplomata da Indonésia teve duas consequências:

1) não desviou a atenção da mídia do fato de que os empreiteiros acusados na Lava-Jato pediram proteção a Lula e não a ela; 2) empurrou definitivamente o brasileiro Rodrigo Gularte para o corredor da morte.


23 de fevereiro de 2015
sanatório da notícia

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