Desconsiderando o conselho do Lobão de que não se deva "Jogar Xadrez Com Pombos", não resisti; sucumbi com as quatro patas e me entreguei ao devaneio de responder a um energúmeno que se crê acima do nível da idiotia perene.
Lendo um Twit do UOL respondi ao UOL. Apareceram duas pessoas que se interpuseram (o que é permitido e faz parte da intenção do Twitter) e postaram comentários ao meu comentário. Para não tirar o suspense reproduzo as imagens dos posts e em seguida a minha resposta derradeira via Twishort. Divirta-se e xingue-me à vontade, pois, mereço!
@alex_stampede @ChB420 @UOLNoticias O comentário que fiz a respeito da declaração do "Neguinho da Beija-Flor", mantenho na íntegra por um simples motivo: contravenção penal não consta do meu padrão de valores éticos, estéticos, políticos, culturais ou sociais. Aqueles que se apegam à classificação eufemista esquecem-se que a droga infiltrou-se no meio e passou a comandá-la não é de hoje. Contravenção ou Crime contra a Economia Popular ou como queiram codificar, para mim não passam de tentativas de nominar procedimentos contrários à Lei e aos bons costumes, imorais (tomado como antônimo de moral), desprovidos de ética e de estética duvidosa. Assim, aos meus ouvidos, a fala do sambista soou como a declaração de alguém em crise de equilíbrio psíquico, o que pode perfeitamente ser resumido pela palavra mentecapto (1. Que ou o que não faz uso da razão que tem - RAZÃO = capacidade para decidir, para formar juízos, inferências ou para agir de modo lógico de acordo com um pensamento. = DISCERNIMENTO, JUÍZO, LUCIDEZ. 2. insensato, néscio).
O fato inconteste é que em matéria de declarações desse jaez ele não está sozinho.
O fato inconteste é que em matéria de declarações desse jaez ele não está sozinho.
Quanto à minha citação de Antonio Gramsci feita ao "@ChB420" deveu-se ao fato dele haver postado uma resposta ("cara, juro que fui no google pra saber o que eh Gramsciana") à minha resposta dada ao "@UOLNoticias" que reproduziu a declaração do "Neguinho da Beija-Flor".
Procurei a palavra "pai" nos posts que respondi à UOL e ao ChB420 e em ambos não a encontrei. Seria uma tentativa de colocar palavras em minha boca?
No que respeita à citação da "Revolução Gramsciana" e à sugestão ao ChB420 que procurasse ler obras de Antonio Gramsci, as fiz por um único motivo. Li as 500 páginas do Volume I de "Cadernos do Cárcere", o bastante para intelectar, entender, compreender e concluir o que vem a ser proposta de Gramsci, que resumidamente propõe trocar a revolução armada defendida por Karl Marx, por uma revolução cultural que aniquile a vigente no país em que se pretenda implantar o regime de governo comunista, aos poucos substituindo-a por valores e princípios totalmente contrapostos. A moral de conveniência defendida por Leon Trostky se mostra em traços nítidos naquele contexto. Como e porquês são fartamente tratados no livro.
Por fim, meu caro, reproduzo sua resposta de forma a analisá-la com cuidado:
"@OASiqueiraJr @ChB420 mentecaptos são vcs que caem nesse dicurso fajuto que Gramsci é o pai de todo critica ao tradicionalismo".
Não respondo pelo ChB420, pois não tenho procuração para tal, porém, pelo interesse que demonstrou na resposta que me enviou, mostrou que não palpita sobre o que não conhece e recorreu ao Google para entender do que se tratava. Pelo visto, não há porque considerá-lo mentecapto, uma vez que fez uso da razão para informar-se sobre algo que desconhecia.
Eu, por minha vez, garanto-lhe estar em pleno uso de minhas faculdades mentais, destacando dentre elas a razão (empregada segundo a acepção acima descrita) e creio haver demonstrado tal condição através do texto que ora lhe envio. Reitero portanto que não posso ser classificado como mentecapto.
Rematando o libelo, confesso que embora alfabetizado desde os 6 anos de idade, falando, lendo e escrevendo em pelo menos 3 idiomas além do Português, não consegui entender outra resposta sua:
"@OASiqueiraJr @ChB420 Mesmo sendo gramsiciano, passo longe de tar tamanho poder de ser "o pai de toda contravenção".
Fora os erros de escrita que atribuo à pressa de teclar em teclado digital, geralmente de SmartPhones©, foi em vão o esforço para decifrar o raciocínio que está por trás da sua frase. Ocorre-me, no entanto, que o uso repetido da palavra "pai" contenha algum significado que vá além da acepção comum ou da metafórica.
Pelo até aqui exposto, dou por terminada essa breve tentativa de diálogo e peço-lhe a gentileza que assim também a considere.
Oswaldo Alves de Siqueira Júnior é Profissional Independente de Marketing e Publicidade.
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