Agentes da DEA (Agência de Controle de Drogas dos Estados Unidos), trabalhando em conjunto com autoridades peruanas, produziram relatórios recentes comprovando, por meio de escutas, o envolvimento de policiais locais com máfias peruanas, equatorianas e bolivianas, dedicadas ao transporte ilegal de emigrantes africanos e haitianos para o Brasil.
Vinda de diferentes países, e por caminhos também variados, até Epitaciolandia ou Brasileia, no Acre, a imigração haitiana e africana no Brasil é uma questão humanitária, mas também geopolítica, econômica e estratégica.
Ao contrário de refugiados sírios e iraquianos, que, ameaçados de morte, fome e estupro, não tem como pagar um avião, os haitianos ou africanos que chegam por aqui, gastam, somente com “coiotes”, entre 15.000 e 18.000 reais cada um.
DRENAGEM DE DÓLARES
Por essa razão, ao não combater e não desestimular, rigorosamente, esse fluxo, o governo brasileiro está incentivando a drenagem de milhões de dólares da economia de nações extremamente pobres, não para o nosso país, mas para as mãos de agentes corruptos e traficantes do Equador e do Peru, da Bolívia e do Brasil.
Justificando a intervenção de agentes norte-americanos em nossas fronteiras, e a própria imigração ilegal de países como a Bolívia e o Peru. Fortalecendo, assim, o faturamento, o funcionamento, não apenas desse moderno tráfico negreiro, mas também a produção, transporte e venda de drogas, já que – como demonstra a investigação da DEA – os mesmos criminosos que atravessam cocaína na fronteira, o fazem com haitianos e imigrantes asiáticos e africanos.
Com os 6.000 dólares obtidos com a escravização de sua família para agiotas, durante meses ou anos, em sua cidade de origem – uma pequena fortuna entregue a ”coyotes”, apenas para chegar ao Brasil – um haitiano, um cabo-verdiano, um senegalês, poderia montar pequeno negócio artesanal ou agrícola em seu próprio país, e dar ocupação e renda a membros de sua família.
VIAGEM SEM VOLTA
Aplicado em uma viagem sem volta, esse capital se evapora em poucos dias, sem oferecer nenhum benefício ou segurança no destino.
Cinquenta mil pessoas já passaram pela rota que, saindo da África ou das Antilhas, passa pela República Dominicana, Espanha, o Panamá, o Equador, o Peru e a Bolívia para chegar ao Brasil.
Centenas se amontoam, como gado, todos os dias, na fronteira, e muitos já podem ser vistos, deambulando, sem destino, pelas ruas de várias cidades brasileiras. São tratados como escravos no caminho e no Brasil, devido à sua condição de ilegais, estão sujeitos a todo tipo de exploração.
Quanto tempo vai levar até que, pressionada pelo tráfico, e recrutada e treinada antes mesmo de entrar em nosso território, parte deles comece a ser usada como “mulas”? Ou se organize, em redes, para introduzir e vender drogas dentro do Brasil ?
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