Hipocrisia é o vício capital da whiskerda caviar. Hoje 'tá cheio de herói que nem era nascido e que jura ter saído de arma em punho, feito isto e aquilo e outras lorotas...
Desmentir é tão simples! Só para constar, a Copa de 1970 esvaziou o movimento romântico terrorista no Brasil. Se não fosse a crise do petróleo de 1973 e a desaceleração do desenvolvimento, provavelmente essa turma toda não passaria de curiosidade histórica. As palavras de ordem morreram achatadas por um slogan mais inteligente, tirado das circunstâncias e não da cartilha doutrinária: "Brasil, ame-o ou deixe-o!"
Só quando o Brasil caminhou para a abertura outra circunstância trouxe novo slogan: "Diretas já!" Aí, voltando a arma ao coldre, os "heróis" suspiraram fundo ao não mais encarar o cano.
Essas declarações bombásticas dos superheróis, os autoelogios e autoendeusamentos em que são tão pródigos, carecem da mais rasteira comprovação.
Que muitos sofreram repressão, não há dúvida. Que muita gente levou porrada, idem. Que houve momentos de barbarismo, de parte a parte, todos sabemos. Mas vamos olhar qualitativa e quantitativamente. E comparar. Aí a historinha fajuta cai. Vira papo furado.
Perder a credibilidade é fatal para quem vende paraísos. A mentira instituída corrói a visão política. Os que se sustentam na mentira, tanto da doutrina quanto da vida pessoal, afundam.
O mais chato é que a whisquerda perdeu a capacidade de avaliar quando os cérebros mais afinados com os princípios deixaram as fileiras. E deixaram não pela falência dos ideais, mas pela pela falta de compostura de seus pares.
E onde estamos agora? Vendo os mentirosos, pendurado nos últimos remanescentes dos currais eleitorais, perderem votos e passarem ao desprezo popular.
Apesar de todos os expedientes, a whiskerda afunda. Perdeu a autenticidade, perdeu o contato com os ideais.
Aqui no Rio, quase 500.000 votaram no Bolsonaro. Mais do dobro pelo candidato do outro extremo. Por quê? Porque ele é bonitinho ou ele porque parece a resposta do momento para algumas das circunstâncias atuais, criadas principalmente pelo desvairio dos movimentos ditos "progressistas"? São mesmo progresistas ou estão sendo percebidos como forçação de barra em benefício próprio?
Já falei muito sobre o pêndulo da história. Há uma boa frase de Arnold Toynbee que desmonta o imobilismo pregado pelos utópicos irreais: "Civilization is a movement and not a condition, a voyage and not a harbor."
Concordo plenamente: civilização é um movimento e não uma condição, uma viagem e não um porto. É justamente a segunda frase que o pessoal "progressista" não consegue entender. Houve uma época em que eram uma viagem a um futuro supostamente promissor. O apelo romântico que encanta adolescentes na idade do ideai perdeu o sabor. Tentado muitas formas e nunca alcançado, acabou descartado.
Para fazer filhos é preciso mais do que teoria...
Pela imbecilidade, pelo delírio e pela cegueira de seus manipuladores, a esquerda vai perdendo o apelo, cada vez mais incapaz de justificar suas incoerências. É uma pena. Seria excelente se fizesse sua parte no jogo do poder político, em vez de querê-lo apenas para si, de acordo com a cartilha mais do que fora de moda.
João Guilherme C. Ribeiro é Empreendedor cultural.
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