"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

DILMA E O SITE "MARACUTAIAS NA PETROBRAS"

Gabrielli, Graça, Dilma e "Paulinho"

Em 17 de abril de 2013, protocolei, na Presidência da República, uma grave carta dirigida a Dilma Rousseff.

Passados mais de dezessete meses de vergonhoso silêncio daquela que insiste em afirmar que tem “tolerância zero” com a corrupção, um fato recente tornou citada carta de uma atualidade digna de nota.

Trata-se da decisão da WIPO – World Intellectual Property Organization (Arbitration and Mediation Center) sobre uma descabida pretensão da Petrobras: retirar do ar o site “Maracutaias na Petrobras”, no qual tal carta está disponível.

De referida carta, transcrevo: “O site www.maracutaiasnapetrobras.com  foi criado para centralizar as diversas denúncias de falcatruas federais praticadas contra a empresa cujo Conselho de Administração foi presidido por V. Exª. de 2003 a 2010. Tendo como objetivo impedir que os vários crimes de lesa-pátria cometidos contra a empresa caiam no esquecimento, o site reproduz as mais diferentes acusações que foram tornadas públicas e ignoradas pelas autoridades competentes”.

Relativamente à tentativa de retirada do ar do site “Maracutaias na Petrobras”, a nossa petroleira procedeu como o corno da piada que – ao tomar conhecimento que sua mulher transava com seus amantes no sofá da sala de sua própria casa – solucionou o problema tirando o sofá da sala. Se não, vejamos: a Petrobras, em vez de mandar apurar rigorosamente os fatos denunciados, contratou um escritório de advocacia especializado em causas de propriedade intelectual (Ouro Preto Advogados) para tentar tirar o site do ar.
Além disso, a Petrobras tentou intimidar o cidadão que possui o domínio do site, Ivo Lúcio Marcelino, o que pode ser constatado pela mensagem a ele encaminhada.

Em tal mensagem, encontra-se salientado que, pelo fato de o nome “petrobras” ter sido utilizado sem a devida autorização, o cancelamento do domínio em questão deve ser solicitado ao órgão competente, sob pena de serem tomadas as medidas jurídicas cabíveis.

Diante da possibilidade de perda das valiosas informações contidas no site que tanto incomodou a Petrobras, foi criado outro site cujo nome fosse mais aceitável. Assim, para preservar a memória da roubalheira denunciada, passou-se a operar com o genérico www.maracutaiasnapetroroubobras.com.

Com a criação do novo site, foi evitado que documentos da maior importância  fossem “varridos para baixo do tapete” – bordão que a candidata Dilma não se cansa de repetir ao se referir ao governo FHC. Entre tais documentos, destaca-se um determinado Acordo de Quotistas que legaliza superfaturamentos contra a Petrobras

Por importante, transcrevo a seguir outro trecho da carta referida no início: “Finalizando, Excelência, uma constatação: diante da total omissão daqueles que deveriam agir, cabe a V. Exª. usando da autoridade de seu cargo, determinar a apuração dos citados fatos, que estão arrasando a credibilidade da Petrobras”.

Uma palavra final: para melhor compreensão da escandalosa situação, sugiro que seja feita a comparação do trecho acima citado com o artigo Dossiê “Dilma + Polícia Federal”. Seguem os links:



Em síntese: se Dilma apurou alguma coisa, guardou para si mesma ou escondeu, para sempre, em algum arquivo morto... O silêncio oficial é altamente suspeito.

Quem garante que outras “Sociedades de Propósito Específico” firmadas entre a Petrobras e grandes empresas não tenham problemas idênticos aos da Gemini ou aos revelados na “Colaboração Premiada” da Operação Lava Jato – que agora escandalizam a Nação?

Alguém se habilita a investigar, com seriedade, e a responder tal pergunta?

13 de outubro de 2014
João Vinhosa é Engenheiro.

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