"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Pesquisas superestimaram votação de Dilma que já calcula alto risco de perder para Aécio no 2º turno
 
 

 
As pesquisas eleitorais, que superestimaram os percentuais de vitória de Dilma Rousseff, foram as grandes derrotadas no primeiro turno eleitoral. A numerologia real dos votos, comprovando a insatisfação do eleitorado com o desgoverno petralha, indica que Aécio Neves tem chances concretas de vencer no segundo turno. A disputa tem tudo para ser um espetáculo de deslealdade e baixaria nunca antes visto na História do Brasil.

Corrupção e os efeitos iniciais de uma grave crise econômica devem ditar a tônica do confronto entre os “primos” tucanos e petistas. Aécio deve ser alvo de ataques pessoais. Dilma será confrontada na má gestão e no agravamento das denúncias de corrupção contra o núcleo político do governo. Também pesará contra Dilma a oposição já declarada da Oligarquia Financeira Transnacional. O tal “mercado” já manifestou o desejo de substituir o titular do trono do Palácio do Planalto. A classe média urbana também confirmou seu desejo de mudança.

Como de costume, Dilma posou de vitoriosa, embora os números confirmem que ela foi claramente derrotada pela oposição. A Presidente teve bem menos votos que a previsão dos institutos de pesquisa – que lhe davam entre 44 e 46%. Percentualmente, Dilma ficou com 41,59% dos votos. Somando apenas Aécio Neves e Marina Silva, 54,87% votaram, no mínimo, contra o governo. A petralhada espera agora virar o jogo, reconquistando os votos do chamado “eleitorado pobre” e do “socialista consolidado” que votou na ex-petista Marina.


A eleição será decidida por quem votou em Marina apenas por insatisfação ou a favor de “mudança”. Também pode acabar votando contra o governo aqueles que, na urna eletrônica inconfiável, dedaram nulo (5,80%) e branco (3,84%). A elevada abstenção de 19,39%, em uma eleição nada democrática, onde o comparecimento é obrigatório, indica duas coisas: elevada insatisfação ou que o eleitorado está superestimado, listando gente que não existe ou já morreu. Quem se absteve, se existir e resolver votar no segundo turno, tende a engrossar a turma do nulo, do branco ou da oposição.

O segundo turno, literalmente, “é outra eleição”. Mas a insatisfação consolidada da classe média urbana, principalmente a do Estado de São Paulo, contra o governo federal, é um sinal de que Dilma tende a sofrer uma grande derrota. Detonada ontem pelo líder máximo Luiz Inácio Lula da Silva, a Princesa da Floresta Marina Silva não deve embarcar no conto de fadas da Bruxa de Vermelho e tende a apoiar (muito a contragosto e forçadamente) Aécio Neves. O neto de Tancredo Neves tem dois imensos desafios. O primeiro é recuperar a confiança do eleitorado de Minas Gerais, onde o PSDB perdeu o governo estadual logo no primeiro turno para Fernando Pimentel - o melhor amigo pessoal de Dilma Rousseff. O segundo será mais difícil: conquistar o eleitor de classe economicamente baixa do Nordeste, onde Dilma parece ter preferência praticamente consolidada.

Neste caso, um grande fiel da balança no segundo turno será o PSB do falecido Eduardo Campos, principalmente em Pernambuco, e nos outros estados das regiões Norte e Nordeste onde o eleitorado mais pobre e grande parte da classe média apostaram em Marina Silva como “fator de mudança”. Dilma vem com toda força na Bahia, onde o PT conseguiu se manter no poder, lacrando, com aço inoxidável, a tampa do velho caixão do Carlismo. O grupo do falecido Antônio Carlos Magalhães sofreu a mais fragorosa derrota desta eleição. O mesmo pode se dizer da clã Sarney no Maranhão e da família Garotinho no Rio de Janeiro... As urnas foram cruéis com eles...

Derrota da Pesquisa Eleitoreira
Novamente, nesta eleição, tivemos o espúrio fenômeno de pesquisas eleitorais que induzirem, de forma espúria, o voto da maioria dos eleitores incautos e desinformados. 
 

Prova de Fraude: Na Bahia e em Pernambuco houve várias denúncias de eleitores que, ao chegarem para votar, já tinha alguém votado em nome deles, bem antes...

Biometria falhou

Além de Dilma e dos grupos politicamente em decadência, outro grande derrotado da eleição de ontem foi o sistema biométrico de identificação do eleitor.

A leitura ótica das impressões digitais empacou – principalmente na cidade de Niterói (RJ), onde teve gente demorando mais de três horas na fila de votação.

O mecanismo terá de ser revisto para o segundo turno.

Olha o número...

A situação de Niterói, onde houve um recadastramento obrigatório dos eleitores para a votação por identificação biométrica, chama a atenção para a hipótese de o número total de eleitores no Brasil estar superestimado em cerca de 20%.

Em relação às eleições de 2012, Niterói perdeu 29.588 eleitores, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O percentual corresponde a praticamente o número médio de eleitores que se abstiveram de votar ontem em todo o Brasil...

Se não foi apenas uma coincidência matemática, a sobra de 20% é bastante alta para manipulações de fraude...

Tá de brincadeira, companheiro?

O Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva parece que voltou para a oposição.

A declaração dele, depois de votar ontem, caberia na boca de qualquer adversário:

“Tem que fazer a reforma política de verdade. Temos que moralizar a política no Brasil. Não pode mais brincar”.

Medo da corrupção

O tema “corrupção” continua apavorando a petralhada.

O chefão Lula da Silva já advertiu ontem que esta tende a ser a tônica dos debates no segundo turno:

“Aécio já deu a tônica no primeiro turno. Não sei se é ele quem vai, mas ele é um cara que tem falado muito em corrupção e eu acho que esse é o tema que a Dilma vai querer debater com o Aécio também. É um tema sempre apaixonante, cheio de diz-que-diz, muito cheio de insinuações e, como agora o debate será feito a dois, não tem candidato que não é para valer”.

Apelando

Pressentindo que Aécio Neves cresceria e iria disputar o segundo turno contra Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já mandou um recadinho sedutor para Marina Silva:

“Eu já disse antes que era necessária uma união. As pessoas têm que ter coerência. Quem é o adversário principal? Nesse momento é o PT, representado pela presidente Dilma. Acho que os eleitores, independente de tudo vão se juntar, porque é preciso mudar. As pessoas da Marina sabem que é necessária uma aliança maior”.

Marina deve apoiar Aécio, por absoluta falta de alternativa, para não terminar taxada como a que joga apenas a favor de seus interesses pessoais, após mais uma derrota em disputa presidencial...

Trunfo aguardado

Aécio Neves aguarda, com ansiedade, o anúncio de seu maior trunfo guardado desde o primeiro turno.

A arma fatal para derrotar a petralhada se chama Joaquim Barbosa.

O ex-presidente recém aposentado do Supremo Tribunal Federal, com a fama de “Xerife do Mensalão”, só não será ministro em eventual governo Aécio se não quiser...

Perdidos
 

(A) Poste no Futuro...
 
 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

06 de outubro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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