"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

E O PALHAÇO O QUE É?

Sem Suplicy, o Senado jamais será o mesmo…  
MENOS CONSTRANGIMENTO E MENOS RISOS...


Suplicy, defendendo da tribuna do Senado a Taxa Robin Wood
 
São instigantes dos resultados das eleições para o Senado, em que havia apenas uma vaga para cada unidade da Federação. A relação dos eleitos mostra uma pulverização entre diversos partidos e a pequena renovação de mais da metade dos senadores.
 
Entre os vitoriosos, há políticos experientes e bastante conhecidos no país, como o líder ruralista Ronaldo Caiado, do DEM, eleito por Goiás, o ex-governador José Maranhão, do PMDB da Paraíba, o ex-governador Antonio Anastasia, do PSDB mineiro, o ex-governador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, o ex-senador José Serra, do PSDB de São Paulo, e a senadora Kátia Abreu, que se reelegeu pelo PMDB de Tocantins.
 
Quem também permanece no Senado é o ex-presidente Fernando Collor (PTB), que derrotou com facilidade a ex-senadora Heloisa Helena, do PSol, que tem mandato de vereadora em Maceió.
 
MUITOS NOVATOS
 
Há nomes menos conhecidos nacionalmente, como a deputada Rose de Freitas, eleita pelo PMDB no Espírito Santo, José Antonio Reguffe, do PDT do Distrito Federal, e Dario Berger, do PMDB de Santa Catarina.
 
Outro novato no Senado é um veterano na Câmara: Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, que já foram eleito deputado federal por seis mandatos.
Também saem da Câmara para o Senado os deputados federais David Alcolumbre, do DEM no Amapá, e o ex-jogador Romário, do PSB do Rio de Janeiro, que derrotou amplamente um político experiente como Cesar Maia, do DEM.
 
No Amazonas, o ex-governador Omar Aziz, do PSD, venceu com quase 60 por cento dos votos. E o Rio Grande do Norte ganha uma senadora do PT, Fátima Bezerra.
No Maranhão, o candidato do Roberto Rocha, do PSB, venceu a disputa contra o deputado federal Gastão Vieira, do PMDB, aliado do senador e ex-presidente José Sarney e ex-ministro do Turismo do governo Dilma Rousseff. O PSB venceu também em Pernambuco, elegendo o ex-deputado Fernando Bezerra.
 
MAIS ESTREANTES
 
Outro nome pouco conhecido é da candidata Simone Tebet, eleita pelo PMDB no Mato Grosso do Sul. No Pará, o candidato Paulo Rocha, que se torna senador pelo PT, só era conhecido por seu envolvimento no mensalão, e chegou a ter sua candidatura impugnada pelo TSE, com base na Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu recorrer e participar da eleição.
 
Na Bahia, o PSD conseguiu fazer um senado, Otto Alencar, que derrotou de forma acachapante o peemedebista Geddel Vieira Lima, ex-ministro no governo Lula.
 
Também é desconhecido nacionalmente o novo senador do Piauí, Elmano Férrer, do PTB, apelidado de “Veín Trabalhador”, que é ex-prefeito de Teresina e superou o governador Wilson Martins.

Mais estreantes no Senado: o jornalista Lasier Martins, do PDT no Rio Grande do Sul, que nunca disputara eleições e derrotou o ex-governador Olivio Dutra. O PDT fez mais outros senadores, ao eleger o candidato Acir Gurgacz em Rondônia, e Telmário Mota, em Roraima, além do já citado Reguffe, no DF.

O PP elegeu apenas um senador, Gladson Cameli, no Acre. As eleições marcaram também a volta de um dos senadores mais conhecidos nacionalmente, Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará.

A renovação passou dos 50% e tem um significado positivo.
Mas uma coisa é certa, sem a participação do petista Eduardo Suplicy, o Senado nunca mais será o mesmo.

06 de outubro de 2014
Carlos Newton

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