Por incompetência ou má fé, os institutos de pesquisa deveriam ser banidos ou punidos, mas perderam toda sua credibilidade, apesar de haverem, na última semana e ontem, tentado ajeitar seus números fajutos anteriores. Admitir que tenham vendido seus números, seria a conclusão lógica, ainda que por falta de provas fique difícil a afirmação. A desmoralização, porém, é óbvia.
Tome-se, para começar, o Rio Grande do Sul. Passaram meses dando Ana Amélia como futura governadora. Pois o governador Tarso Genro chegou em segundoo lugar e Ivo Sartori em segundo.
O eleitorado gaúcho seria tão volúvel assim, a ponto de mudar de opinião em poucos dias? Em Pernambuco, passaram a apregoar a vitória de Armando Monteiro durante montes de boletins, mas será que Paulo Câmara já não era uma opção da maioria do eleitorado?
Na Bahia, Paulo Souto parecia imbatível, quebrou a cara, os institutos sequer situavam Rui Costa. No Rio, Garotinho ocupou a pole-position fictícia sem que os encarregados da aferição popular ligassem para Luís Fernando Pezão. No final, deu no que deu.
Multipliquem-se os erros por outros estados, ainda que o artifício da “boca de urna” tenha servido para disfarçar malfeitos e até faturamentos. Nem se fala das eleições para senador, apesar da farsa do que se ouviu esta semana, de “com a margem de erro” tudo pode acontecer. Até diferenças de 3 ou 4 % de duvidas, “para cima ou para baixo”, com o ridículo de acrescentarem ser o “nível de confiança de 95%”…
Existem países, como a França, onde as pesquisas são proibidas, mas proibidos, mesmo, deveriam ser os elogios dos meios de comunicação aos erros dos institutos, mesmo diante de falhas tão gritantes. É a evidência de um execrável conluio. No fundo, tudo se resume a um embuste.
Vem aí o segundo turno. A lambança deverá repetir-se, num escândalo tão grande quanto o do mensalão ou o da Petrobrás. Dinheiro voltará a correr entre institutos e candidatos, felizmente superados pelo eleitorado, responsável pela única pesquisa confiável, a própria eleição.
Mesmo assim, as próximas eleições vem aí, daqui a dois anos, e as quadrilhas já estão preparadas para novas investidas.
ESCORREGÃO
Papelão, mesmo fez a Justiça Eleitoral, ao implantar a votação biométrica numa série de estados. Em boa parte deles, não funcionaram as maquininhas de recolher as impressões digitais dos eleitores. O cidadão mostrava seus polegares e indicadores e nada se confirmava, obrigando o indigitado a repetir diversas vezes a tentativa de ser identificado. Será que a população perdeu a pele de seus dedos? O resultado foram longas filas, como em Brasília, pois as juntas apuradoras insistiam, até levando cremes para estimular, nos eleitores, aquilo que tecnologia não conseguia completar.
REPETIÇÃO
O pior de tudo é que, em termos nacionais, será preciso repetir tudo de novo, dia 26. Dilma chegou em primeiro lugar mas não deu para reeleger-se. A baixaria volta com redobrada intensidade, nas campanhas que recomeçam hoje. Mais ataques contra nossa paciência duas vezes por dia, no rádio e na televisão. Democracia é assim mesmo, melhor que seja assim…
Tome-se, para começar, o Rio Grande do Sul. Passaram meses dando Ana Amélia como futura governadora. Pois o governador Tarso Genro chegou em segundoo lugar e Ivo Sartori em segundo.
O eleitorado gaúcho seria tão volúvel assim, a ponto de mudar de opinião em poucos dias? Em Pernambuco, passaram a apregoar a vitória de Armando Monteiro durante montes de boletins, mas será que Paulo Câmara já não era uma opção da maioria do eleitorado?
Na Bahia, Paulo Souto parecia imbatível, quebrou a cara, os institutos sequer situavam Rui Costa. No Rio, Garotinho ocupou a pole-position fictícia sem que os encarregados da aferição popular ligassem para Luís Fernando Pezão. No final, deu no que deu.
Multipliquem-se os erros por outros estados, ainda que o artifício da “boca de urna” tenha servido para disfarçar malfeitos e até faturamentos. Nem se fala das eleições para senador, apesar da farsa do que se ouviu esta semana, de “com a margem de erro” tudo pode acontecer. Até diferenças de 3 ou 4 % de duvidas, “para cima ou para baixo”, com o ridículo de acrescentarem ser o “nível de confiança de 95%”…
Existem países, como a França, onde as pesquisas são proibidas, mas proibidos, mesmo, deveriam ser os elogios dos meios de comunicação aos erros dos institutos, mesmo diante de falhas tão gritantes. É a evidência de um execrável conluio. No fundo, tudo se resume a um embuste.
Vem aí o segundo turno. A lambança deverá repetir-se, num escândalo tão grande quanto o do mensalão ou o da Petrobrás. Dinheiro voltará a correr entre institutos e candidatos, felizmente superados pelo eleitorado, responsável pela única pesquisa confiável, a própria eleição.
Mesmo assim, as próximas eleições vem aí, daqui a dois anos, e as quadrilhas já estão preparadas para novas investidas.
ESCORREGÃO
Papelão, mesmo fez a Justiça Eleitoral, ao implantar a votação biométrica numa série de estados. Em boa parte deles, não funcionaram as maquininhas de recolher as impressões digitais dos eleitores. O cidadão mostrava seus polegares e indicadores e nada se confirmava, obrigando o indigitado a repetir diversas vezes a tentativa de ser identificado. Será que a população perdeu a pele de seus dedos? O resultado foram longas filas, como em Brasília, pois as juntas apuradoras insistiam, até levando cremes para estimular, nos eleitores, aquilo que tecnologia não conseguia completar.
REPETIÇÃO
O pior de tudo é que, em termos nacionais, será preciso repetir tudo de novo, dia 26. Dilma chegou em primeiro lugar mas não deu para reeleger-se. A baixaria volta com redobrada intensidade, nas campanhas que recomeçam hoje. Mais ataques contra nossa paciência duas vezes por dia, no rádio e na televisão. Democracia é assim mesmo, melhor que seja assim…
06 de outubro de 2014
Carlos Chagas
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