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A coligação da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff ajuizou nesta segunda-feira, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedido de resposta contra o jornal “O Estado de S. Paulo”. A representação contesta reportagem publicada na edição da última sexta-feira que diz que os Correios teriam aberto exceção para distribuir panfletos da candidata petista sem marca da empresa estatal que comprova o pagamento do serviço e permite auditar a quantidade despachada.
De acordo com a coligação de Dilma, a mencionada reportagem seria um “instrumento de conotação eleitoral travestido de matéria jornalística” e teria transgredido a liberdade de informação, por supostamente buscar atingir a candidata do PT. O argumento usado pela coligação de Dilma é que pelo menos 12 partidos políticos teriam recebido o mesmo tratamento dos Correios. “A informação é desabridamente inverídica e o veículo de imprensa estava ciente de que a afirmação não guardava pertinência com a realidade”, diz a peça ajuizada no TSE.
A representação cita a chamada de capa da matéria: “Correios abrem ‘exceção’ para distribuir panfleto de Dilma. Propaganda eleitoral foi enviada sem marca da empresa que comprova o pagamento do serviço.” E transcreve trecho publicado no jornal: “Estatal comandada por petistas abre ‘exceção’ e deixa de exigir chancela para auditar quantidade de material distribuído. Os Correios abriram uma exceção para o PT e distribuíram em São Paulo panfletos da presidente Dilma Rousseff sem chancela ou comprovante de que houve postagem oficial.”
Segundo a coligação “Com a Força do Povo”, o jornal “apostou deliberadamente na desinformação e transgrediu irremediavelmente a festejada tutela constitucional da liberdade de informação”. Diz outro trecho da representação: “Tanto é assim, que na edição subsequente, de 20 de setembro de 2014 (ano 135 – N. 44167), o Representado veiculou, na secção “NOTAS & INFORMAÇÕES” (pág. A3), texto com o título “As ‘cartas sem selo’ do PT”, em que se refere ao episódio como “o trambique armado nos Correios pela sua campanha (campanha da Representante)”. E, numa manifesta e preocupante escalada para consolidar a mais absurda mentira, trata do caso como uma facilidade concedida apenas ao PT pelos Correios, para beneficiar a campanha da candidata Dilma Rousseff.”
(O Globo)
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