"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

OBAMA SOBRE O EI: "A ÚNICA LÍNGUA QUE ASSASSINOS ENTENDEM É A FORÇA."

O presidente americano Barack Obama discursou logo depois de Dilma Rousseff nesta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU e deixou claro o motivo que levou os Estados Unidos a liderar ataques contra os terroristas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. “A única língua que assassinos entendem é a força”, afirmou, num recado claro aos críticos da ofensiva contra os jihadistas. Ontem, Dilma Rousseff disse “lamentar enormemente” a realização dos bombardeios.

No discurso de hoje, a presidente condenou o ‘uso da força’ e as ‘intervenções militares’ como forma de resolver conflitos.
 
Obama voltou a ressaltar que os EUA não estão sozinhos na luta contra o terror e reafirmou que não pretendem enviar tropas para o Oriente Médio. “Em vez disso, vamos apoiar os iraquianos e os sírios a lutarem para retomar suas comunidades”. O democrata fez questão de enfatizar que o atual embate “não se trata de um choque de civilazações” e afirmou que “o futuro da humanidade depende de nós nos unirmos contra aqueles que querem nos dividir usando desculpas como tribos, crenças; raça ou religião”.
O presidente americano também afirmou que o verdadeiro ensinamento do Islã é a paz e pediu a todos os povos, “especialmente as comunidades muçulmanas”, que rejeitem a ideologia pregada por grupos como a Al Qaeda e o EI.
 
Sobre a crise na Ucrânia, Obama afirmou que se a Rússia seguir o caminho da paz e da diplomacia, os Estados Unidos podem retirar as sanções aplicadas contra cidadãos e empresas do país. O presidente americano afirmou que as ações da Rússia “desafiam a ordem mundial” alcançada após o fim da II Guerra Mundial. Também acusou Moscou de promover “uma visão do mundo em que o poder se sobrepõe ao direito, um mundo em que as fronteiras de uma nação podem ser redesenhadas por outra, e as pessoas civilizadas não podem ser autorizadas a recuperar os restos mortais de seus entes queridos”.
O Kremlin já anexou ilegalmente a Crimeia, península no sul da Ucrânia e apoia grupos separatistas no leste do país, onde um avião foi abatido por um míssil, deixando quase 300 mortos.
 
Acordo nuclear – No trecho do seu discurso em que mencionou a questão nuclear, Obama acenou com um futuro livre de armas atômicas e enviou uma mensagem direta para “o Irã e os iranianos”, afirmando que eles não podem deixar passar essa “oportunidade histórica” para um acordo. “Nós podemos chegar a uma solução que atenda às suas necessidades [do Irã] de energia garantindo ao mundo que seu programa nuclear é pacífico”. Nesta semana, o regime iraniano defendeu o fim das sanções contra Teerã em troca da cooperação do país na luta contra o terrorismo.
 
Finalmente, sobre o surto de ebola na África, o presidente americano pediu que muito mais países assumam compromissos concretos para combater a doença. Fazendo um mea culpa, Obama admitiu que os países ricos “não investiram adequadamente na capacidade da saúde pública dos países em desenvolvimento”.
 
24 de setembro de 2014
Reinaldo Azevedo, Veja.com

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