"Há corrupção, falta de transparência, de vitalidade das democracias e isso leva os jovens a aderir à indiferença a ao desprezo pelo social e pelo político, o que acho muito grave".
Pronunciada em recente entrevista por uma personalidade importante dos tempos atuais, ligada à literatura, à política e às questões sociais, Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, a afirmativa resume muito bem a crise que vivem hoje as democracias mundo afora.
Seria desejável que os políticos brasileiros, ao encararem o espelho diariamente, se deparassem com o desabafo do escritor e passassem desde já a rever suas atitudes anti-éticas e suas manobras de pragmatismo individual na luta pelo poder, que a todo momento agridem a sociedade.
Que o façam antes que a democracia brasileira corra risco de implodir, com consequências imprevisíveis.
O conteúdo e o sentido da frase, dirigida na verdade a todos os líderes democráticos que estão atualmente no poder, brasileiros incluídos, vaticinam, a médio prazo, dias complicados, com a participação caótica, cética e debochada da juventude que, via desconfiança generalizada do poder público, levará os países, mais cedo ou mais tarde, a um estado de anarquismo endêmico.
Senhores políticos que se julgam guardiões da democracia, já passou a hora de despertar para uma realidade que clama por urgência.
30 de junho de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário