Foi muito difícil para os pais tentar educar as novas gerações.
Pressionados por sucessivas crises econômicas e por uma hiperinflação, não puderam dar o exemplo de poupar nem o de comparar preços antes de adquirir bens e serviços.
Tivemos seis moedas diferentes em menos de uma década. As notas dos diversos padrões monetários, de duração efêmera, esgotaram o estoque de vultos históricos para ilustrá-las.
Os jovens não puderam ver no dinheiro a efígie de D. Pedro I nem a do Duque de Caxias, respectivamente Pai da Pátria e Pacificador, garante de nossa integridade territorial. Não lhes foi possível perguntar aos avós quem foram.
As novas cédulas estampam figuras de animais; talvez para antecipar a condição a qual os desgovernos querem nos reduzir.
As redes sociais suprem um anseio de saber as coisas. Sempre há alguém que sabe algo.
Desempenham o papel da família, hoje quase destruída pelos maus profetas da televisão.
Os mais velhos davam as “dicas” para as crianças e adolescentes.
Depois, cada um que se virasse.
Hoje os “tiozões” recomendam o Google e a Wikipedia.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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