O segredo mais bem guardado da Petrobras: afinal, quanto produz a refinaria de Pasadena???
Já se sabe que a hoje presidente Dilma Rousseff e os demais membros do Conselho de Administração foram negligentes ou coniventes, por terem aprovado um investimento inicial de 360 milhões de dólares sem examinar direto a ardilosa proposta, que teve cumplicidade descarada da Área de Abastecimento da Petrobras e da Diretoria Jurídica, que obrigatoriamente tiveram de opinar no projeto, para dizermos o mínimo.
NEGÓCIO DA CHINA???
Todos já sabem também que a mesma refinaria havia sido comprada em 2005 pela empresa belga Astra Oil por apenas US$ 42,5 milhões. No ano seguinte, a empresa vendeu 50% desta refinaria à Petrobras, por nada menos que US$ 360 milhões, sendo que, para a usina se tornar operacional, ainda seria necessário investir mais US$ 1,5 bilhão, que seria dividido pelas duas empresas.
Acontece que uma das cláusulas do contrato, que Dilma Rousseff e os demais membros do Conselho de Administração irresponsavelmente não leram, dizia que caso a empresa belga e a brasileira se desentendessem, a Petrobras seria obrigada a comprar da Astra a outra metade. E foi exatamente o que ocorreu, e a companhia europeia pediu mais US$ 700 milhões pelos outros 50%, que no final viraram US$ 820 milhões, visto que a estatal brasileira se recusou a pagar e perdeu um processo de arbitragem para os belgas.
Em resumo, a refinaria que foi comprada pela Astra Oil por US$ 42,5 milhões acabou sendo revendida para a Petrobras por US$ 1,180 bilhão, sendo que, como o investimento para ela se tornar operacional ainda não foi feito, não pode ser usada, dando ainda um custo milionário mensal de manutenção.
LEMBRANDO ROCKEFELLER
É importante lembrar que a refinaria de Pasadena foi instalada pela Standard Oil Company, criada em 1870 pelo célebre empresário John Davison Rockefeller, o homem mais rico do mundo em sua época e que cunhou uma frase que entrou para a História: “O melhor negócio do mundo é uma companhia de petróleo bem administrada e o segundo melhor é uma companhia de petróleo mal administrada”.
Por que então a Standard resolveu vender a refinaria por apenas 42,5 milhões de dólares, uma mixaria nesse ramo de negócios? O motivo é simples: a unidade havia virado uma gigantesca sucata. E quando a Petrobras fez a negociata dos 360 milhões de dólares por 50% do negócio, era necessário um investimento de 1,1 bilhão de dólares para que a unidade voltasse a funcionar a contento. Ou seja, 550 milhões de
dólares para cada um sócio.
Com base no contrato fajuto e ardiloso, redigido pelos vendilhões da Petrobras e aplaudido com louvor pelos membros do Conselho então presidido por Dilma Rousseff, os espertalhões belgas saíram sem fazer o investimento e levando mais 820 milhões de dólares de nossa estatal.
Bem, sabemos quanto a Petrobras pagou, mas não sabemos quanto teve de investir e quanto gasta para manter esse sucatão. As justificativas agora apresentadas pelos petistas são simplesmente ridículas. Confundem óleo pesado e leve, não sabem nada. Dizem, por exemplo, que a capacidade instalada é de 200 mil barris/dia, o que não corresponde à realidade. A capacidade nominal seria de 100 mil barris/dia, mas isso nos tempos áureos da refinaria, que faz tempo estão sepultados.
Na verdade, a Petrobras até agora não revelou em que situação a refinaria está operando, qual a produção em barris/dia. É o segredo mais bem guardado da Petrobras. Mas logo logo será revelado. É impossível evitar o vazamento desse tipo de informação, porque na empresa trabalham milhares e milhares de funcionários que estão revoltados com essa gigantesca “maracutaia” — como dizem os petistas, quando se referem às negociatas dos outros, claro.
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