Os seus raivosos passistas dizem que estão com as famílias. Mas se esquecem de outras famílias, que há cinquenta anos desfilaram em marchas semelhantes, e que – apesar disso – tiveram irmãos e filhos torturados e “desaparecidos” pelos agentes do mesmo regime que ajudaram a colocar no poder, no dia primeiro de abril de 1964.
Os raivosos passistas desses blocos dizem que estão com Deus. Mas se olvidam que Deus não está com aqueles que defendem os que usaram porretes, choques elétricos e pau-de-arara. Que espancaram e assassinaram homens e mulheres indefesas, nos porões, como fizeram com seu único filho, um dia, chicoteando-o, rindo e cuspindo em seu rosto antes de cravar em sua cabeça uma coroa de espinhos, para que a usasse, sob a sombra da Cruz, a caminho do Calvário.
PAPA FRANCISCO
Eles pedem a prisão e o massacre de comunistas, como antes o faziam os nazistas, com os judeus, os ciganos, e os homossexuais. Mas se esquecem do Papa Francisco – que defende o direito à opinião e à diversidade – que disse que não era comunista, mas que nada tinha contra os marxistas, porque ao longo da vida havia conhecido vários, que eram homens honestos e boas pessoas.
Eles dizem que estão com a Liberdade, mas defendem o assassinato e a tortura; a cassação de todos os partidos; o fechamento do Congresso e do Judiciário; o fim do direito de expressão, opinião e reunião; o desrespeito à vontade do eleitor, expressa diretamente na urna, e a derrubada de um governo eleito, em segundo turno, pela maioria dos votos de dezenas de milhões de brasileiros.
Eles dizem que estão com os militares. Mas os militares brasileiros não estão com eles. Os militares brasileiros estão em nossas fronteiras, na SELVA!, nos rios amazônicos, no horizonte amplo da caatinga, testando os novos rifles da INBEL, os Radares Saber, os blindados Guarani, o novo Sistema Astros 2020. Estão na proa das novas fragatas da Marinha; na torre de nossos submarinos; na Suécia, aprendendo a conhecer os caças que darão origem aos Grippen NG BR, que serão fabricados e montados em território brasileiro.
Os Blocos da Morte são blocos tristes, que não cantam o amor nem a alegria, que marca e contagia o coração brasileiro. Eles usam nossas cores como fantasia, mas a mágoa é seu adereço, a frustração, sua alegoria, o ódio, seu imutável enredo. Seus passos e seus gritos são duros e o coração tão pesado quanto sua mente. Uma mente que mente, mente, mente, até para eles mesmos, e se esconde nas sombras do passado, porque teme as luzes do futuro.
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