Apesar do custo mais alto no uso das térmicas, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, anunciou que as contas de luz não terão reajustes este ano.
Apesar do anúncio do Tesouro, de arcar com os R$ 4 bilhões, outra parte dessa conta será paga pelos brasileiros via conta de luz. O Tesouro é o órgão que arrecada os impostos pagos no país – ou seja, os brasileiros vão, em algum momento, pagar a totalidade dessa conta.
Durante o anúncio desta quinta, Mantega informou que a Câmara de Comercial de Energia Elétrica (CCEE) será autorizada a fazer empréstimo de R$ 8 bilhões no mercado “para cobrir as necessidades das distribuidoras” de energia. O governo não deu detalhes, até o momento, de como esse sistema vai funcionar.
Mantega também confirmou que a conta pelo uso das térmicas, além da gerada pela necessidade das distribuidoras comprarem energia no mercado à vista, onde o valor chegou a patamar recorde nesse início de ano, será dividido entre “a União, consumidores e agentes do setor” elétrico.
Conta bilionária
Ainda não é possível dizer de quanto será a conta pelo uso mais intenso das termelétricas em 2014. Isso vai depender de alguns fatores, entre eles a intensidade das chuvas nas principais bacias do país até o final de abril, o patamar de preço da energia no mercado à vista nos próximos meses e a entrada em operação de novas usinas de geração de energia.
Entretanto, a expectativa é que essa fatura supere a do ano passado, que foi de cerca de R$ 9,5 bilhões. Assim como em 2013, agora as usinas termelétricas estão gerando mais energia por conta da falta de chuvas e consequente queda no nível de armazenamento dos reservatórios de hidrelétricas. Ao acionar as térmicas – que geram por meio da queima de combustíveis como óleo, gás, carvão e biomassa -, poupa-se água dessas represas, medida necessária para garantir o abastecimento durante o período seco.
14 de março de 2014
Fábio Amato / G1
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