"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PREVIDÊNCIA PERDE PERITOS E TEMPO DE ESPERA PARA CONSULTA AUMENTA

Em três anos, 1.411 profissionais se aposentaram, foram demitidos, pediram exoneração do cargo, morreram ou tomaram posse de outro cargo                     

Quem precisa fazer perícia para ter acesso a benefício previdenciário deve se preparar para enfrentar muitos problemas. Só com sorte o segurado encontrará um servidor disponível para fazer o atendimento de que necessita, o que agrava ainda mais a situação tradicional de demora para marcar exames.


Levantamento a que o Correio teve acesso aponta que 392 agências da Previdência Social, de um total de 1.447 em todo o país, não possuem peritos. O tempo médio de espera para uma consulta aumentou de 19 dias em 2011 para 30 em 2013.


O último concurso para a carreira ocorreu em 2011. Em maio de 2012 foram nomeados 250 peritos e outros 266 em junho de 2013. Na época, o certame teve 11,7 mil inscritos, com remuneração inicial de R$ 9.073, 93. Apesar da contratação dos novos quadros, a escassez não se resolveu. Entre 2010 e 2013, 1.411 profissionais se aposentaram, foram demitidos, pediram exoneração do cargo, morreram ou tomaram posse de outro cargo. 


Não são só os segurados que se queixam do atendimento. Os próprios servidores reclamam das condições de trabalho e da tensão criada com o público. O presidente da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), Jarbas Simas, relata que, no ano passado, 32 colegas foram agredidos e outros dois em 2014.

17 de fevereiro de 2014
Correio Braziliense

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