Era uma vez um rei que queria ir à pesca. Chamou seu ministro de Meteorologia e pediu-lhe a previsão do tempo para as horas seguintes.
O ministro assegurou-lhe que não ia chover.
No caminho, o rei encontrou um camponês montado num burro. Ao ver o monarca e seus apetrechos de pesca, o campônio achou melhor prevenir:
«É melhor Vossa Majestade regressar ao palácio porque vai chover muito.»
«É melhor Vossa Majestade regressar ao palácio porque vai chover muito.»
O rei cogitou com seus botões:
«Ora, eu tenho um ministro meteorologista ― por sinal muito bem pago ― que me disse o contrário. Vou mais é seguir em frente». E assim fez.
«Ora, eu tenho um ministro meteorologista ― por sinal muito bem pago ― que me disse o contrário. Vou mais é seguir em frente». E assim fez.
Não deu outra: a chuva torrencial logo veio e arruinou a pescaria. O rei ficou encharcado e apanhou um resfriado. Furioso, voltou ao palácio e, entre dois espirros, demitiu o ministro.
Ato contínuo, mandou chamar o camponês e ofereceu-lhe o cargo. Em sua simplicidade, o homem foi sincero:
«Majestade, não sou político nem entendo nada disso. Só sei é que, quando as orelhas do meu burro estão caídas, é sinal de chuva. Não falha nunca.»
O rei então usou a lógica: nomeou o burro.
Foi assim que teve início o costume de nomear burros que, desde então, têm as posições mais bem pagas no governo.
17 de fevereiro de 2014
José Horta Manzano
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