"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

COMO SE ESCOLHEM OS MINISTROS

 

Era uma vez um rei que queria ir à pesca. Chamou seu ministro de Meteorologia e pediu-lhe a previsão do tempo para as horas seguintes.
O ministro assegurou-lhe que não ia chover.
 
No caminho, o rei encontrou um camponês montado num burro. Ao ver o monarca e seus apetrechos de pesca, o campônio achou melhor prevenir:
«É melhor Vossa Majestade regressar ao palácio porque vai chover muito.»
 
O rei cogitou com seus botões:
«Ora, eu tenho um ministro meteorologista ― por sinal muito bem pago ― que me disse o contrário. Vou mais é seguir em frente». E assim fez.
 
Burro de carga
Burro de carga
 
Não deu outra: a chuva torrencial logo veio e arruinou a pescaria. O rei ficou encharcado e apanhou um resfriado. Furioso, voltou ao palácio e, entre dois espirros, demitiu o ministro.
 
Ato contínuo, mandou chamar o camponês e ofereceu-lhe o cargo. Em sua simplicidade, o homem foi sincero:

«Majestade, não sou político nem entendo nada disso. Só sei é que, quando as orelhas do meu burro estão caídas, é sinal de chuva. Não falha nunca.»
 
O rei então usou a lógica: nomeou o burro.
Foi assim que teve início o costume de nomear burros que, desde então, têm as posições mais bem pagas no governo.
 
17 de fevereiro de 2014
José Horta Manzano

Nenhum comentário:

Postar um comentário