"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E OS JUROS NÃO PARAM DE SUBIR


 
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, 23, ressalta que a inflação ainda mostra resistência "ligeiramente acima da que se antecipava". "O Copom pondera que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava." 
 
Segundo o documento, esse cenário justifica a continuidade do ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, iniciado em abril do ano passado. "Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso", diz trecho.
 
A ata também cita que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante". Essa ação, de acordo com o documento, tem como objetivo minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária.

Na última reunião do Copom, na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano.

Em 2013, a inflação medida pelo IPCA ficou em 5,91%, acima do registrado em 2012 (5,84%). O resultado fez o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, descumprir a promessa de que a inflação do ano passado seria menor que a do ano anterior.

Projeções. O Copom revisou para cima as projeções para o IPCA de 2014 tanto no cenário de mercado quanto no de referência. No cenário de referência, de acordo com o documento, a estimativa para a inflação de 2014 aumentou em relação ao valor considerado na última reunião, e permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No cenário de mercado, a projeção de inflação para 2014 também aumentou em relação ao valor considerado na reunião de novembro e permanece acima da meta para a inflação.

Para 2015, o documento traz apenas que "em ambos os cenários, a projeção de inflação se posiciona acima da meta" e não detalha se houve um movimento de alta ou de baixa em relação à perspectiva anterior.

Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado ao final de dezembro do ano passado, o BC havia informado que, no cenário de referência, sua expectativa era de uma inflação em 5,6% ao final de 2014 e de 5,4% no encerramento do ano que vem. Já no cenário de mercado, a projeção do Copom é de IPCA encerrando 2015 em 5,3% - a mesma taxa de 5,6% é aguardada para o acumulado deste ano.
 
Em relação aos preços administrados ou monitorados pelo governo, a ata manteve a estimativa de alta de 4,5% em 2014 e projetou a mesma variação, pela primeira vez, para o comportamento desse conjunto de itens no ano que vem.
 
(Estadão)
 
23 de janeiro de 2014
in coroneLeaks

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