"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"BRASIL VAI PASSAR VERGONHA" - DIZ RIVALDO SOBRE A COPA

Pentacampeão do mundo atuou em derrota para o São Paulo e voltou a criticar o Mundial no país: 'Brasil tem muita coisa pra fazer, não campos de futebol'
 
 
Rivaldo durante partida entre São Paulo e Mogi Mirim realizada no Estádio do Morumbi
Marcelo Machado de Melo/Fotoarena (Rivaldo durante partida
entre São Paulo e Mogi Mirim realizada no Estádio do Morumbi)

No dia em que voltou a atuar pelo Mogi Mirim, após a derrota por 4 a 0 para o São Paulo pelo Paulistão, o meia Rivaldo voltou a opinar sobre a Copa do Mundo no Brasil. Questionado sobre o período de visitas da Fifa ao país, o pentacampeão mundial recordou que já contestou o evento anteriormente e reiterou na noite de quarta-feira que não concorda com a realização do torneio.
"Nós já sabíamos que isso aconteceria", disse o meia de 41 anos sobre os problemas relacionados ao atraso na entrega dos estádios e com a infraestrutura de transportes. "Falei outras vezes que o Brasil não tem condições de fazer a Copa do Mundo. Vai ser difícil, o Brasil vai passar vergonha", declarou em entrevista à rádio Jovem Pan.

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Enquanto seu parceiro do Mundial de 2002, Ronaldo, participa da organização do evento no Brasil, Rivaldo bate na tecla de que o país deveria ter outras prioridades para seus gastos. "O Brasil tem muita coisa para fazer, como colégio, na saúde e presidio, e não campos de futebol para a Copa do Mundo. Vai tanto dinheiro só para um mês", disse o jogador, que é presidente do Mogi Mirim. 
Em junho do ano passado, Rivaldo já havia reclamado do torneio.
Na época, ao contestar a falta de investimento em hospitais, o meio-campista afirmou que sentia dor por saber que seu pai morreu depois de ter sido atropelado sem ter recebido atendimento médico adequado no Recife.

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A menos de cinco meses para o início da Copa, mesta semana a Fifa manifestou preocupação com os andamentos das obras na Arena da Baixada e não descartou excluir Curitiba do evento.

Após a ameaça, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, o governador do Paraná, Beto Richa, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, sinalizaram com uma participação direta na condução dos trabalhos para garantir que o estádio não seja removido do calendário do evento.

O que ficou só na promessa para o Mundial

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Estádios privados

O ministro do Esporte do governo Lula prometia uma Copa totalmente privada, sem uso de dinheiro público nas arenas. Entre as doze sedes do Mundial, porém, só três (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) são empreendimentos particulares - e mesmo essas obras dependem de financiamento de bancos estatais e generosos incentivos públicos.

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As obras na Arena da Baixada, em Curitiba, no dia da primeiroa inspeção de Jérôme Valcke ao local em 2014, 21 de janeiro
As obras na Arena da Baixada, em Curitiba, no dia da primeiroa inspeção de Jérôme Valcke ao local em 2014, 21 de janeiro - Friedemann Vogel/Fifa/Getty Images


Seis pontos vulneráveis do Brasil em 2014
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Dores de cabeça nos aeroportos

No decorrer da Copa das Confederações, muitos visitantes reclamaram das falhas na infraestrutura aeroportuária brasileira.
Em sedes como Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Galeão), deram de cara com aeroportos em obras. Em Salvador, viram um terminal ficar cheio d'água após um temporal.
E em quase todas as sedes, sofreram com pequenos transtornos que já viraram rotina para os passageiros brasileiros - e que fazem a experiência de voar no país ser muito mais desagradável.

Exemplos: a constante troca de portões de embarque, que faz o viajante zanzar de um lado para outro nos momentos que antecedem o voo, e a longa espera nas esteiras de retirada de bagagens.
Além da baixa qualidade dos serviços oferecidos em muitos aeroportos brasileiros, há um outro obstáculo para a Copa: ela está marcada para um período do ano em que muitos aeroportos, principalmente no Sul e no Sudeste, ficam fechados por causa da neblina.
Garantia de fortes emoções para quem tiver voos marcados para os dias de jogos em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (Congonhas) e Rio de Janeiro (Santos Dumont).

23 de janeiro de 2014
Veja

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