Dessa vez, o MPE pediu à Justiça o bloqueio dos bens do ministro e sua condenação por improbidade administrativa (mau uso de dinheiro público).
Os promotores de Justiça da capital querem que Pimentel e outros acusados devolvam R$ 8 milhões aos cofres públicos. Um ex-procurador-geral de BH, dois ex-secretários municipais, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e um diretor da entidade também são acusados de dispensa de licitação, o que causou danos ao erário, segundo a promotoria.
Em março do ano passado, a Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, já havia oferecido denúncia criminal contra Pimentel ao Supremo Tribunal Federal (STF) por fraude em licitação e desvio de recursos em proveito alheio.
Como o petista já havia sido nomeado ministro, o processo tramita no STF por causa do foro privilegiado por prerrogativa de função do cargo.
O relator é o ministro José Dias Toffoli. Os outros réus respondem a ação penal na 9ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).
IMPROBIDADE
Nessa nova ação do MPE, o processo tramita em Minas por se tratar de uma ação na esfera civil. Portanto, que pede ressarcimento os cofres públicos e a condenação por improbidade administrativa.
Esse tipo de ação é imprescritível e atinge quem possui foro privilegiado. Nela, o MPE reitera que a contratação da CDL pelo então prefeito e seus ex-secretários, em janeiro de 2004, recebeu o nome de “convênio” para dar “aparência de legalidade ao imbróglio”.
A contratação previa o repasse à entidade de R$ 14,7 milhões em parcelas, mas uma investigação suspendeu o repasse quando já haviam sido destinados R$ 4,4 milhões. Além disso, a CDL recebeu no período R$ 4 milhões de empréstimo ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para “aplicar no ilegal ‘convênio’”.
O MPE afirma que a CDL chegou a apresentar uma “nota fiscal inidônea” para comprovar a aquisição de parte dos materiais eletrônicos.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - O ministro Fernando Pimentel tem mais irregularidades a explicar, como o milhão de reais que recebeu da Federação das Indústrias de Minas Gerais, para dar palestras no interior, embolsou o dinheiro, não fez uma só palestra e ficou tudo por isso mesmo. O Planalto diz que ele é inocente, porque seus atos ilegais foram cometidos antes de ser nomeado ministro. (C. N.)
12 de novembro de 2013
Deu no Globo
Carlos Newton
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